Primeiro satélite da missão a proporcionar reentrada controlada. O quarteto Cluster já começou a estudar a magnetosfera em 2000.
O Salsa foi o primeiro satélite do quarteto Cluster da Agência Espacial Europeia (ESA) a cair na Terra.
A reentrada controlada do Salsa – nome do satélite – na atmosfera terrestre aconteceu neste domingo, numa zona sem habitantes do Oceano Pacífico Sul.
Será a primeira reentrada controlada de um satélite desta magnitude na atmosfera da Terra, como destaca a Revista Galileu.
Este regresso será o início do fim da missão Cluster, que já começou a estudar a magnetosfera há 24 anos, em 2000 – e iria durar apenas dois anos.
A magnetosfera é essencial para não termos radiação; é uma espécie de escudo que protege a Terra do vento solar (partículas carregadas enviadas pelo Sol).
A Cluster estuda o ambiente magnético da Terra e como esse ambiente interage com o vento solar, descreve o SAPO Tek.
A missão iria terminar logo em 2002, mas os dados que foram recolhendo tornaram-se muito relevantes, e a missão foi prolongada. Começámos a receber explicações sobre como as interacções afectam o clima espacial, ajudando a entender e prever fenómenos como tempestades solares – que podem impactar comunicações e satélites.
Além da Salsa, a Cluster envolve os satélites Rumba, Samba e Tango. O Salsa foi o primeiro satélite a reentrar na atmosfera terrestre, mas os outros três vão fazer o mesmo até Agosto de 2026.
O português Bruno Sousa é um dos responsáveis da Cluster. Neste caso, ajustou (com a sua equipa) com precisão a órbita do Salsa para garantir que a reentrada ocorresse numa área remota e segura.