“Finalmente!”, saudou o Presidente ucraniano. Os civis retidos na fábrica Azovstal vão continuar a ser retirados esta segunda-feira.
A retirada dos residentes de Mariupol e da fábrica Azovstal, onde centenas de civis permanecem cercados e encurralados, iniciada no sábado, vai continuar esta segunda-feira, disseram as autoridades locais na plataforma Telegram.
De acordo com o município, foram acordados dois locais adicionais para retirar pessoas de Mariupol, sob os auspícios da ONU e da Cruz Vermelha.
“Há boas notícias. Com o apoio das Nações Unidas e da Cruz Vermelha, foram hoje acordados dois locais adicionais para colocar pessoas num comboio que saia de Mariupol. Estes são a aldeia de Mangush, na região de Donetsk, e Lunacharsky, perto de Berdiansk, a leste de Mariupol”, indicaram as autoridades.
“Se tiver familiares ou conhecidos no local, tente contactá-los e fornecer-lhes informações sobre uma possível retirada”, alertaram.
A Ucrânia conseguiu no domingo, com a ajuda da ONU e do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), retirar entre 80 e 100 refugiados civis de Azovstal em Mariupol, depois de várias operações fracassadas, no que Kiev descreveu como a operação mais difícil desde que a guerra começou há mais de dois meses.
No início da semana passada, o secretário-geral da ONU, António Guterres, reuniu-se com o Presidente russo, Vladimir Putin, de quem obteve um “acordo de princípio” para envolver a ONU e o CICV na operação.
Guterres viajou depois para Kiev para acertar pormenores com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, e garantir que a ONU estava a fazer “tudo o que era possível” para conseguir a retirada dos civis da siderurgia.
Volodymyr Zelenskyy saudou este domingo “dois dias de verdadeiro cessar-fogo” em Mariupol.
“Depois de muitas semanas de negociações, depois de muitas tentativas, diferentes reuniões, chamadas, propostas. Finalmente! Não houve um único dia em que não tentássemos encontrar uma solução para salvar o nosso povo”, disse o Presidente ucraniano.
“Hoje, pela primeira vez nestes dias todos de guerra, este corredor vital começou a funcionar”, acrescentou. Os cerca de 100 civis retirados de Azovstal no domingo só chegarão a Zaporíjia esta segunda-feira de manhã.
ZAP // Lusa
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