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Cientistas detetam cinco misteriosas rajadas rápidas de rádio onde não esperavam

Com a ajuda do telescópio espacial Hubble, da NASA, os cientistas traçaram a localização de cinco breves e poderosas explosões de rádio nos braços espirais de galáxias distantes.

As rajadas rápidas de rádio (FRB) são eventos que geram tanta energia num milésimo de segundo quanto o Sol num ano inteiro. Como estão em causa pulsos transitórios, os cientistas têm muitas dificuldades a determinar a sua origem.

Na maioria das vezes, nem sequer sabem para onde olhar.

As mais recentes rajadas rápidas de rádio foram detetadas nos braços de galáxias espirais. A equipa internacional de cientistas conseguiu rastrear a localização das cinco rajadas que tiveram origem em áreas onde ocorre a formação de estrelas.

De acordo com o comunicado da NASA, localizar a origem destas explosões e, em particular, as galáxias onde nascem, é importante para determinar que tipos de eventos astronómicos desencadeiam estes flashes intensos de energia.

“Esta é a primeira visão em alta resolução de uma população de rajadas rápidas de rádio. A maioria das galáxias é maciça, relativamente jovem e ainda forma estrelas”, disse Alexandra Mannings, estudante da University of California, em Santa Cruz, nos Estados Unidos.

NASA / ESA /Alexandra Mannings / Wen-fai Fong / Alyssa Pagan (STScI)

Rajadas rápidas de rádio nos braços espirais de galáxias distantes

“A imagem permite-nos ter uma ideia melhor das propriedades gerais da galáxia hospedeira, como a sua massa e taxa de formação de estrelas”, acrescentou a líder do estudo, já disponível no arXiV. Além disso, permite aos astrónomos saber o que acontece na galáxia e a posição das rajadas.

A equipa ficou muito surpreendida ao descobrir que as rajadas tiveram origem nos braços espirais das galáxias, um detalhe que, na ótica de Wen-fai Fong, professor assistente da Northwestern University, tem de ser correlacionado com a formação estelar.

Descobertas pela primeira vez em 2007, as rajadas rápidas de rádio têm intrigado os cientistas durante vários anos. Em apenas alguns milissegundos, estas ondas de rádio conseguem descarregar mais energia do que centenas de milhões de sóis.

A origem e a causa exata permanecem um mistério.

Alexandra Mannings referiu que quanto mais rajadas os cientistas observam, mais acreditam que diferentes tipos de explosões têm origens diferentes.

ZAP //

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