As alterações climáticas são uma ameaça existencial para muitas espécies. Mas alguns animais são bastante resilientes e estes cinco exemplos conseguiram triunfar e escapar a um destino de extinção certa.
Cegonha-de-madeira
Há algumas décadas, as cegonhas-de-madeira estavam em risco de desaparecer. As águas interiores estavam a ser desviadas e a quantidade de peixe caiu a pique, pondo em risco a sobrevivência das cegonhas, relata a Discover.
Nos anos 70, quando os animais deixaram de encontrar peixe suficiente na região de Everglades, na Flórida, as cegonhas começaram a fazer os ninhos mais a norte e a migrar para as Carolinas do Norte e do Sul. Um projecto em Everglades em 2000 também restaurou o curso natural de água e as cegonhas começaram a conseguir novamente caçar peixe, o que ajudou a que o animal escapasse à extinção.
Baleia-jubarte
Na década de 80, a população de baleias-jubarte tinha caído para apenas 1200 em todo o mundo. Uma moratória na caça comercial às baleias em 1985 foi decisiva para a sua recuperação. Apesar de ainda estarem sob bastante ameaça devido aos ataques de barcos, os seus números dispararam para 135 mil.
Tartaruga-verde
Depois de sofrerem durante anos ao ficarem presas nas redes de pesca e com a destruição dos seus habitats, os números de tartarugas-verde caíram bastante nos anos 90, até chegarem a um mínimo preocupante de 50 exemplares selvagens.
Depois da aprovação do Ato das Espécies em Perigo, a espécie recuperou e já foram vistas 13 mil tartarugas a criar ninhos no Refúgio Nacional de Vida Selvagem de Archie Carr, na Flórida, que foi criado para proteger o animal em 1989.
Urso-negro do Louisiana
A população do urso-negro do Louisiana recuperou nas últimas décadas com a restuaração do seu habitat que estava a ser progressivamente destruído. Enquanto uma espécie dependente da densidade, os ursos-negros apenas toleram um certo número de animais no seu território.
Quando este número é ultrapassado, acabam por se atacar uns aos outros devido à competição por alimento e parceiros. Para além da restauração dos habitats, a grande adaptabilidade dos ursos, que aprenderam a sobreviver durante a estação húmida ao hibernar e protegendo as crias nas árvores até a água dissipar.
Jacaré americano
Na década de 50, o jacaré americano quase desapareceu devido à caça furtiva de que foi alvo para que a sua pele fosse usada na criação de sapatos e malas.
Em 1967, a espécie foi considerada em risco e as agências federais norte-americanos e grupos de conservação puserem em prática planos para a proteção do jacaré americano. Desde então, o animal recuperou a um ritmo galopante e há quase cinco milhões de jacarés no sudeste dos Estados Unidos.