Uma vacina universal para proteger-nos do vírus da gripe e de todas as suas variações está a ser desenvolvida por cientistas da Universidade da Pensilvânia, nos EUA, e, em breve, pode ser testada em humanos.
As vacinas atuais, oferecidas durante as estações da gripe, podem tornar-se ineficazes à medida que as variações do vírus sofrem mutações e se tornam resistentes. Mas uma nova vacina tem como alvo uma parte do vírus que não muda entre as estirpes, o que significa que não se poderiam tornar resistentes da mesma maneira.
Os autores da pesquisa dizem que ficaram “maravilhados” com o sucesso da vacina. Segundo o novo estudo, desenvolvido por investigadores da Universidade da Pensilvânia, nos EUA, a capacidade do corpo de parar a gripe fortalece com o tempo.
“O céu é o limite”, dizem os autores da investigação, publicada na semana passada na revista científica Nature Communications. Apesar de as vacinas contra a gripe estarem amplamente disponíveis, o vírus ainda infecta milhões de pessoas todos os anos.
Muitos são hospitalizados e mais de 30 mil pessoas morrem anualmente nos EUA por causa da gripe ou complicações causadas pela doença. A vacina desenvolvida durante o estudo protegeu com sucesso da gripe cobaias de várias estirpes.
As respostas dos corpos à infeção também se fortalecem ao longo do tempo depois de serem vacinadas e tem maior eficácia após 30 semanas. “Se funcionar em humanos, mesmo em metade do que funcionou em cobaias, então o céu é o limite”, disse o autor do estudo, Dr. Scott Hensley. “Pode ser algo que todo a gente venha a utilizar no futuro para se proteger da gripe”.
A vacina funciona ao imitar uma infeção da gripe e provocando o sistema imunitário do corpo para aprender a atacar o vírus. Para se ter uma ideia, esta vacina é diferente porque, se imaginarmos que o vírus é coberto com proteínas em forma de cogumelos, ataca o caule do cogumelo.
As vacinas sazonais atacam a cabeça do cogumelo, mas estas podem mudar de forma quando as estirpes do vírus sofrem mutação, o que significa que a vacina se torna inútil. É por isso que as vacinas sazonais têm de ser dadas todos os anos – porque a natureza do vírus mudou e uma nova vacina é criada.
“Esta vacina foi capaz de fazer algo que a maioria das outras vacinas candidatas contra a gripe não foi capaz de fazer”, disse o co-autor do estudo, Dr. Drew Weissman.
“Quando começamos a testar esta vacina, ficámos impressionados com a magnitude da resposta imune”, acrescenta Hensley. Além de experiências com cobaias, os cientistas também testaram a vacina em furões e coelhos e esperam iniciar testes em humanos dentro de dois anos.
ZAP // Ciberia / Science Daily
“Além de experiências com cobaias, os cientistas também testaram a vacina em furões e coelhos”
Ou seja, os furões e coelhos não são cobaias. Muito bom. Sempre a aprender coisas novas aqui pelos lados do ZAP.
Caro Filho da Capital,
Uma cobaia (latim científico cobaya, de língua ameríndia) é, especificamente, um pequeno roedor de cauda e orelhas curtas, originário da América do Sul, também conhecido por Porquinho da Índia. O seu uso frequente em experiências científicas levou a que se generalizasse o seu nome como sinónimo de “aquilo de que alguém se serve para fazer uma experiência”.
Assim, efectivamente, os cientistas usaram como cobaias nesta experiência furões, coelhos e … cobaias.
“O termo cobaia, embora originalmente fosse referente a um roedor sul-americano da família Caviidae, virou sinônimo de qualquer animal usado em pesquisas de laboratório.”
https://pt.wikipedia.org/wiki/Testes_com_animais
Caro Filho da Capital,
Em português pt_PT, “cobaia” não é um “sinônimo”, é um roedor.
co·bai·a
(latim científico cobaya, de língua ameríndia)
substantivo feminino
1. Pequeno roedor de cauda e orelhas curtas, originário da América do Sul.
Ver imagem = CÁVIA, PORQUINHO-DA-ÍNDIA
2. Aquilo de que alguém se serve para fazer uma experiência.
in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa
Prezados
Segundo o dicionário Caldas Aulete, referência no pt_BR ( http://www.aulete.com.br/Cobaia ), temos:
cobaia
(co.bai.a)
sf.
1. Zool. Pequeno roedor da fam. dos caviídeos (Cavia porcellus), também chamado porquinho-da-índia, muito utilizado em experiências de laboratório (inoculação, vivissecção etc.); PREÁ-DA-ÍNDIA
2. P.ext. Camundongo ou outro animal, ger. pequeno e fácil de se criar em cativeiro, us. em experimentos científicos, esp. em testes da eficiência e dos efeitos de medicamentos, vacinas, cosméticos etc; p.ext. qualquer animal ou ser humano submetido a alguma experiência científica (em biologia, medicina, estudos do comportamento etc.)
3. Fig. Aquilo ou aquele que é objeto de experiências ou experimentos alheios: Nenhum país deve ser cobaia de outro mais poderoso.
[F.: Do lat. cient. cobaya.]
Cobaia de laboratório
1 Cobaia (1), camundongo ou outro animal (ou, p.ext., ser humano) empregado em experiência de laboratório
2 Fig. Aquele ou aquilo que é usado ou manipulado segundo os interesses de alguém, para servir de teste ou experiência
Sei que sou um pascácio, e não era um bom aluno na disciplina de Português, mas não consegui encontrar, na primeira definição – segundo meus professores ela é a básica – cobaia como sinônimo da expressão cobaia de laboratório.
Prezado leitor,
Obrigado pela sua visita e pelo seu reparo.
Não se trata de ser ou não bom aluno a Português. Trata-se de ser brasileiro e ter procurado dicionários de “sinônimos” em pt_BR.
Para deixar claro, e encerrar o assunto: em português de PORTUGAL, país em que está sediado o ZAP, a cujos leitores se destinam originalmente as suas notícias e cuja língua nativa respeita, “cobaia” é um roedor.
Para lhe facilitar o trabalho, repetimos abaixo o conteúdo do Priberam, o dicionário de português pt_PT que usamos no ZAP, relativo à palavra “cobaia”.
co·bai·a
(latim científico cobaya, de língua ameríndia)
substantivo feminino
1. Pequeno roedor de cauda e orelhas curtas, originário da América do Sul.
Ver imagem = CÁVIA, PORQUINHO-DA-ÍNDIA
2. Aquilo de que alguém se serve para fazer uma experiência.
in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa
Ao ser certa a noticia da vacina, lá se vai um negocio milionário das multinacionais farmacêuticas, médicos farmácias e não só.
O inventor devia ser premiado por todos os países do mundo pois acabou com a faltas ao trabalho, aumentando assim a produtividade…os tugas não devem ter ficado lá muito contentes.
..e já agora , as agências funerárias ….hehehe.