Investigadores podem ter descoberto uma deformação subtil no tecido do espaço, resultado da colisão cataclísmica de duas estrelas de neutrões.
Agora, para comprovar esta descoberta, os cientistas estão a apontar os seus telescópicos, tal como o Hubble, para analisar a fonte da possível onda: uma galáxia elíptica que está a centenas de milhões de anos-luz de distância.
As ondas gravitacionais são marcadores dos eventos mais violentos do nosso Universo, gerados quando objetos densos, tal como buracos negros ou estrelas de neutrões, colidem a uma energia tremenda.
O LIGO, nos Estados Unidos, e o VIRGO, na Europa, já detetaram pequenas mudanças no caminho dos raios laser causados pela passagem de ondas gravitacionais. O LIGO detetou três fontes de ondas gravitacionais até ao momento, todas resultantes de colisões de buracos negros.
Os dois têm coordenado o armazenamento de dados desde novembro, aumentando a sua sensibilidade e logo poderão anunciar um novo tipo de onda gravitacional, resultado da colisão de estrelas de neutrões.
Especulação e pistas
Durante o fim-de-semana, o astrónomo J. Craig Wheeler, da Universidade do Texas, em Austin, lançou especulações sobre uma potencial nova descoberta do LIGO.
O investigador sugeriu que os cientistas observaram a luz emitida pela fonte de onda gravitacional o que, por sua vez, indica que essa fonte são estrelas de neutrões pois, ao contrário dos buracos negros, podem ser analisadas em comprimentos de onda visíveis.
O porta-voz do LIGO, David Shoemaker, não quis comentar os rumores, dizendo apenas que uma etapa de observação “muito emocionante” chegará ao fim este mês e que a equipa deverá então publicar novas atualizações importantes.
A especulação está a acontecer por causa da NGC 4993, uma galáxia a cerca de 130 milhões de anos-luz de distância.
Esta semana, o Telescópio Espacial Hubble já mudou o seu foco para uma fusão de estrelas de neutrões binárias dentro da galáxia. Agora é esperar para ver.
ZAP // HypeScience