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Cientistas pagam-lhe 4 mil dólares para beber remédio contra a diarreia

Investigadores da Emory University precisam de voluntários para testar a sua nova vacina experimental contra a Shigella, a principal causa de disenteria.

Os sintomas mais comuns desta bactéria do trato intestinal incluem dores abdominais, vómitos, diarreia com muco e, por vezes, sangue nas fezes e febre.

A maioria dos casos desaparece por si própria, bastando apenas beber muitos líquidos e descansar. Ainda que raramente, a bactéria pode causar complicações graves e até fatais, especialmente em pessoas com sistema imunitário enfraquecido ou subdesenvolvido, como crianças.

Embora a disenteria não seja tão perigosa como antigamente, continua a ser uma grande ameaça à saúde pública, principalmente em partes do mundo com falta de saneamento e cuidados médicos.

Shigella é a principal causa de diarreia bacteriana em todo o mundo e a segunda principal causa de mortes relacionadas com diarreia, sendo responsável por 200 mil mortes por ano, segundo dados da Organização Mundial da Saúde.

Nos últimos anos, tem havido um aumento de estirpes de Shigella resistentes a antibióticos. Isto levou os cientistas da Emory University, nos Estados Unidos, a tentar desenvolver uma vacina.

A segunda fase de testes clínicos começou em outubro do ano passado, embora os investigadores ainda estejam a recrutar participantes. Procuram-se 120 voluntários saudáveis com idades entre 18 e 49 anos, sem historial conhecido de Shigella ou síndrome do intestino irritável.

Os voluntários serão deliberadamente expostos à bactéria e à possibilidade de doenças. Em contrapartida, os investigadores pagam 4.250 dólares por participar no estudo, que tem uma duração de oito meses.

Segundo o site Gizmodo, os voluntários serão divididos aleatoriamente em três grupos. Um grupo beberá duas doses da vacina; outro beberá uma dose e um placebo; e o terceiro só bebe placebo.

Depois, todos os três grupos tomam uma bebida contendo a bactéria. Os participantes serão internados num hospital durante um máximo de 11 dias para que possam ser monitorizados. Por fim, terão que estar disponíveis para até 14 consultas de estudo e um telefonema.

A vacina em desenvolvimento usa uma versão enfraquecida da bactéria Shigella, que é tomada por via oral.

De acordo com os dados de registo do estudo, os testes serão realizado na Hope Clinic, da Emory University, na Geórgia, e no Cincinnati Children’s Hospital Medical Center, em Ohio.

ZAP //

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