Uma equipa de investigadores britânicos e norte-americanos acedeu, pela primeira vez, à base do glaciar Thwaites, na Antártida, através de um túnel de cerca de 700 metros. Na sua jornada, encontraram água quente.
Chegar a este glaciar trata-se de um passo muito importante para entender os processos que causam o derretimento acelerado deste glaciar, conhecido entre os glaciologistas como o glaciar do “Dia do Juízo Final”: a “mais importante” do mundo e a “mais perigosa”.
Os cientistas ficaram surpreendidos ao saber que as águas na linha de terra, a região onde o glaciar encontra o mar, estão 2ºC acima da temperatura normal de congelamento, uma temperatura muito mais elevada do que a habitual na região.
Através do túnel, perfurado com água quente, os cientistas enviaram vários instrumentos, incluindo um robô subaquático que chegou ao local onde o gelo encontra a terra, de acordo com o comunicado publicado esta semana no British Antarctic Survey.
O robô Icefin, equipado com câmaras e outros instrumentos e operado por controlo remoto, chegou ao ponto em que a água do mar de Amundsen colide com a parede dos Thwaites, que tem 192 mil quilómetros quadrados. Esta é a área que derrete mais rapidamente.
No local, esta tecnologia permitiu realizar medições, recolher imagens e mapear detalhadamente o processo – dados que estão a ser analisados por cinco equipas de cientistas e engenheiros instalados na região. O seu objetivo é descobrir a razão pela qual o gelo derrete e como o processo evoluirá.
“Projetamos o Icefin para poder aceder as áreas terrestres dos glaciares, lugares onde as observações são quase impossíveis, mas onde mudanças rápidas estão a acontecer”, disse Britney Schmidt, do Instituto de Tecnologia da Geórgia, em Atlanta. Além disso, o investigador definiu Thwaites como um “ponto crítico de articulação na Antártica Ocidental”.
Keith Nicholls, oceanógrafo da British Antarctic Survey, disse: “Sabemos que as águas mais quentes do oceano estão a corroer muitos dos glaciares da Antártica Ocidental, mas estamos particularmente preocupados com o Thwaites. Estes novos dados fornecerão uma nova perspetiva dos processos que estão a ser realizados para que possamos prever a mudança futura com maior certeza”.
O glaciar, quase do tamanho da ilha da Grã-Bretanha, acelerou a perda de massa nos últimos 20 anos e os cientistas alertam que o seu colapso causaria aumento do nível do mar em pelo menos 65 centímetros. É bastante preocupante, considerando que, ao longo do século XIX, o mar subiu 19 centímetros.
No entanto, a principal preocupação dos especialistas deriva do facto de que o Thwaite reforça toda a camada de gelo do oeste da Antártica e, em caso de colapso, arrastariam uma camada maior de gelo da Antártica, que poderia elevar os mares em 3,3 metros em alguns séculos.
Este “aumento catastrófico” do nível do mar colocaria em risco muitas cidades de diferentes países, incluindo Londres, no Reino Unido, e Nova Iorque, nos Estados Unidos.
Muito bom as reportagens.
vejam nesse endereço o que dizem os estudiosos sobre os rios de águas quentes na Antárctica:
https://zap.aeiou.pt/rios-ocultos-agua-quente-estao-derreter-gelo-da-antartida-285940
Existe água quente na antártica, a matéria não citou. Outro ponto é que eles estão na última foto, nos paredões de gelo (a terra é plana)
É sério que vem um Bolsomion aqui falar que as geleiras da Antártida mostram que a Terra é plana!?
É sério que tem um petista ignorante, e que não gosta de estudar, falar besteira de um Bolsonarista, melhor estocar vento, que falar sobre a geleira.
Sr Leandro…politizou a conversa amigo? Não entende do assunto fica de fora só aprendendo…ridículo isso
Quadrado são os eleitores do luladrao!
É verdade, eu VI há dias na televisão. Andava uma centena de retroescavadoras a aplaná-la.
Que cambada de ignorantes… Estou farto de dizer que a terra é um cubo, e ninguém dá atenção…
Eu estou convencido. Até propunha que se criasse um evento anual onde isso pudesse ser discutido e aprofundado. O nome até poderia ser: The Cube Round.
Cá por mim a terra é uma esfera quadrada que gira parada à roda da lua.
“Cientistas chegaram ao glaciar do “Dia do Juízo Final (e encontraram água quente)”
“Através do túnel, perfurado com água quente (…)”
Será que a água quente encontrada não é a mesma que foi usada para fazer o túnel?
Provavelmente depois de exposta ao frio do glaciar e de o perfurar terá perdido a temperatura inicial por completo. Digo eu e nem químico nem físico sou. Sou apenas mais um burro a comentar por aqui.
Touché
Vamos fingir que acreditamos nesses cientistas.