/

Cientistas “captam” monstro com 500 milhões de anos na hora da caça

Uma equipa de cientistas canadianos conseguiu “capturar imagens” de uma espécie de animal marinho com 500 milhões de anos, descoberta recentemente nas Montanhas Rochosas, que reconstituem como o animal caçava as suas presas.

O monstro marinho pertence ao período Cambriano (de 541 a 485 milhões de anos atrás) e foi encontrado por oceanógrafos canadianos no Folhelho Burgess, nas Montanhas Rochosas, considerado uma das principais jazidas de fósseis do mundo.

A descoberta foi apresentada num artigo publicado na BMC Evolutionary Biology.

O verme, composto por nove tentáculos do tamanho de polegares humanos, tinha uma aparência um bocado estranha.

A equipa de cientistas, liderada por Jean-Bernard Caron, investigador do Royal Ontario Museum, criou uma animação que mostra como este animal fazia para “capturar” uma presa.

De acordo com o Science Daily, os investigadores acreditam que as garras muito curvadas nos membros traseiros poderiam permitir à criatura, tal como acontecia com outras espécies lobopodianas, que esta se ancorasse em superfícies duras e conseguisse ficar praticamente erguida.

Danielle Dufault / Royal Ontario Museum

Conceito artístico do Ovatiovermis cribatus

Conceito artístico do Ovatiovermis cribatus

Por sua vez, os dois longos pares de membros espinhosos na parte superior seriam usados para filtrar ou recolher alimentos da água e aproximá-los da boca.

Graças a esta posição, parece que o animal está sempre a bater palmas (o que, na verdade, seria o movimento perfeito para atrair vítimas), por isso, foi batizado com o nome Ovatiovermis cribatus.

Segundo o oceanógrafo Cédric Aria, investigador da Universidade de Toronto e um dos autores do estudo, “a adaptabilidade funcional desta criatura reflete-se no seu nome científico”.

Cribratus é a palavra em latim para ‘peneirar’’ e Ovatiovermis está relacionada à postura: uma criatura tipo verme que ficava em posição de ovação perpétua”, explica.

ZAP // Ciberia

Siga o ZAP no Whatsapp

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.