Cidades subterrâneas podem ser um bom refúgio para futuros desastres

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Melanie Shires / Canva

Coober Pedy, Austrália

Especialistas ouvidos pelo portal One Zero acreditam que cidades subterrâneas podem ser um bom refúgio para populações que possam vir a enfrentar desastres naturais no futuro potenciados pelas alterações climáticas.

À medida que os desastres naturais aumentam, as cidades e as suas populações podem vir a precisar de se moverem para o subsolo, começa por explicar o portal Futurism.

Mesmo que reunamos esforços para evitar alguns impactos causados pelas mudanças climáticas, algumas partes do mundo podem, por exemplo, vir a tornar-se gradualmente tão quentes ao ponto de as pessoas não poderem lá viver.

Assim, milhões de pessoas teriam de procurar um novo lar. Os especialistas e investigadores especializados em design acreditam que estas pessoas podem encontrar um bom refúgio no subsolo, em vez de se tornarem “refugiados climáticos” – propõem em criação de cidades subterrâneas sob as cidades onde vivemos.

O OneZero recorda que existem já alguns países a adotar esta estratégia. Por exemplo, toda a cidade australiana de Coober Pedy tem “trincheiras” e cavernas com nove metros de profundidades, onde as pessoas se podem resguardar do insuportável calor do deserto.

Japão, México, China e Finlândia têm também algumas regiões subterrâneas. Singapura e Estados Unidos estão a construir estruturas semelhantes.

Mas o arquiteto Esteban Suárez tem planos maiores: criar grandes cidades subterrâneas que se assemelham a arranha-céus de cabeça para baixo. “Achamos que seria muito interessante”, disse Suárez ao portal OneZero. “Em vez de subir com um arranha-céu, o que aconteceria se cavássemos estas camadas de cidades?”.

Inicialmente, Suárez queria levar a cabo o seu projeto, batizado de Earthscraper, no coração da Cidade do México, visando mitigar as longas e insustentáveis deslocações de cidadãos com baixos rendimentos. Contudo, a cidade acabou por travar o projeto, uma vez que a estrutura atingiria locais importantes do ponto de visto histórico e cultural.

“Precisamos de ficar na vertical nesta cidade porque a expansão urbana não pode continuar a crescer”, rematou o especialista.

Com 22 milhões de habitantes e com uma população a crescer rapidamente, a Cidade do México será, em breve, uma das cidades mais populosas da América do Norte.

ZAP //

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