“Chocolate” argentino em goleada das águias aos dragões

Rodrigo Antunes / Lusa

O Benfica não foi de modas na resposta à derrota na Champions com o Bayern e goleou o FC Porto no Estádio da Luz por 4-1, graças a uma segunda parte demolidora.

As “águias” dominaram quase sempre a partida, criaram muitas ocasiões na primeira metade, mas um erro de Otamendi deu aos “dragões” ânimo na saída para o intervalo.

Só que na etapa complementar os “encarnados” entraram com tudo, com bom posicionamento e contra-ataques ferozes, marcando três golos.

As duas equipas estão agora separadas por dois pontos, com os lisboetas com menos um jogo.

Dificilmente alguém não terá gostado da primeira parte. Não foi um jogo brilhante, mas foi intenso, entretido, com duas equipas à procura do golo e com mais Benfica em termos offensivos, sensivelmente até ao golo do empate dos portistas, por Samu, aos 44 minutos.

Os “encarnados” estiveram quase sempre mais perto do golo, que marcaram por Carreras (30′) e quase ampliaram por Pavlidis (40′), com o grego a atirar ao poste.

Contudo, um erro de Otamendi permitiu ao atacante espanhol do Porto empatar, numa primeira metade que acabou com um certo equilíbrio nos remates e nas acções na área.

O Benfica não se deixou afectar pelo golo tardio dos portistas no primeiro tempo e entrou na etapa complementar de forma personalizada, tranquila, a dominar por completo as operações e mortífero no ataque.

Assim, aos 56 minutos, Di María marcou aos 56 minutos, após bom trabalho na direita, e aos 61 foi Nehuén Pérez a fazer autogolo, depois de um cruzamento de Bah.

As “águias” estavam como queriam, iam anulando todos os ataques portistas e criando lances de contra-ataque rapidíssimos e o quarto surgiu de penálti por Angelito, a castigar falta de Alan Varela sofre Otamendi.

Goleada no “clássico”, que coloca o Benfica a dois pontos do Porto e com menos um jogo disputado.

O Jogo em 5 Factos

1. Eficácia benfiquista

Pouco antes o Sporting havia fixado novo máximo de eficiência na diferença entre golos marcados e esperados (xG). O Benfica não foi tão longe, mas marcou mais 1,9 tentos do que o expectável, o quinto registo mais alto da partida.

2. “Águia” melhor nos duelos

O Benfica venceu 55 duelos individuais, mais dez do que o Porto. Este foi um dos pontos de desequilíbrio na partida, com destaque para os nove ganhos por Florentino em 11 e para os oito de Otamendi em dez. Ángel Di María ganhou apenas quatro de dez, mas foram todos contra Francisco Moura (que não ganhou nenhum ao argentino), na faixa onde os “encarnados” criaram muitos problemas aos da Invicta.

3. Benfica “fora-de-jogo”

O risco que o Benfica correu quando em vantagem, a explorar, com passes progressivos e longos o adiantamento do Porto, acabou por precipitar um elevado número de foras-de-jogo. As “águias” caíram seis vezes em “offside”, máximo da equipa na Liga e o dobro da média até aqui. Di María (3) e Amdouni (2) foram os que mais contribuíram para este número.

4. Diferença grande no remate

O Porto até terminou com mais acções com bola (581 contra 554) e equilibrou nas registadas na área contrária (20-16 com vantagem benfiquista), mas no remate a diferença foi grande, com os “encarnados” a dispararem o dobro (16-8) e a enquadrarem mais do dobro (7-3).

5. Porto mal no passe de alto risco

A pressão benfiquista ajudará a explicar este número, mas a verdade é que o Porto falhou 26 passes de alto risco, mais do dobro dos registados pelo Benfica (12).

Melhor em Campo

Que grande jogo de Angel Di María, o homem que costuma surgir em grande neste jogos. O argentino foi o melhor em campo, com dois golos, um deles de penálti, o máximo de remates (6) e de enquadrados (4).

Fez ainda ainda dois passes para finalização, oito passes progressivos recebidos, cinco acções com bola na área contrária e três acções defensivas no meio-campo oposto. Pecou com uma ocasião flagrante criada e três foras de jogo.

Resumo

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