A classificação dos animais mais rápidos do planeta não tem, na maioria das vezes, em conta a proporção do seu tamanho e da sua velocidade máxima.
Esta classificação, que utiliza como medida a quantidade de segundos que um ser vivo demora a percorrer o comprimento do seu próprio corpo, é o método mais justo para determinar os animais mais rápidos entre várias classes diferentes. Com esta nova fórmula, escreve a Visão, surgem nomes inesperados na lista de animais mais rápidos.
A chita é considerada o animal terrestre mais rápido do mundo conseguindo atingir velocidades de cerca de 115 quilómetros por hora em distâncias de 500 metros. O segredo para a sua velocidade é a espinha flexível que confere aos seus membros uma ampla gama de movimentos.
O alongamento dos membros maximiza a sua passada e as pernas traseiras densas e com fibras de contração rápida permitem que atinja uma velocidade de 26 metros por segundo em apenas 3 segundos. Contudo, dado o tamanho do seu corpo, esta espécie fica para trás, quando comparado ao primeiro e segundo lugar, uma vez que “apenas” se movimenta a cerca de 23 comprimentos do seu próprio corpo por segundo.
Na América do Norte, a lebre americana é conhecida como “lebre dos sapatos de neve” devido ao tamanho das suas patas traseiras, que têm como função impedir o animal de se afundar na neve. As patas estão cobertas de pelo, inclusivamente na sola, para as proteger das temperaturas negativas.
Quando são perseguidas, ao contrário de outras espécies que procuram um terreno aberto para correrem, estas lebres tendem a correr em círculos em territórios que conhecem bem. Conseguem atingir velocidades de 48 quilómetros por hora e saltar até aproximadamente 3,5 metros, uma marca impressionante para o seu tamanho que varia entre os 48 e os 67 centímetros.
A Paratarsotomus macropalpis – mais conhecida como Térmita Sul-Californiana, com 0.7 milímetros de comprimento, este animal consegue correr até 322 vezes o seu tamanho por segundo, o equivalente a um ser humano correr a 2092 quilómetros por hora.
Os beija-flores, ou colibris, são aves de pequeno porte – entre 3 a 6 centímetros – originárias das Américas. O seu esqueleto e constituição muscular estão adaptados para permitir um voo rápido e extremamente ágil.
O batimento das asas é muito rápido (nas espécies mais pequenas, até cerca de 80 batimentos por segundo) e pode atingir velocidades de cerca de 54 quilómetros por hora. São as únicas aves capazes de voar em marcha-atrás e de permanecer imóveis no ar.
Na época de acasalamento, os beija-flores movimentam-se mais depressa do que qualquer ser vertebrado, chegando a deslocar-se até 385 vezes o seu tamanho por segundo.
Os Copépodes são um grupo de crustáceos parecidos com insetos que possuem cerca de um milímetro e podem ser encontrados em águas doces ou no oceano. O seu corpo possui até quatro ou cinco pares de patas, assim como umas extremidades vibratórias, que lhes permitem nadar ou saltar até mais de 50 centímetros. Quando se sentem ameaçados, conseguem acelerar até 500 vezes o comprimentos do seu corpo por segundo.
Esta espécie microscópica é a mais rápida do planeta, comparado com a chita, que é o animal terrestre mais veloz, mas que teria de ser capaz de atingir 8000 quilómetros por hora para ser tão rápida como o copépode.