China usa lança-chamas para combater extremistas islâmicos

2

Soldado americano usa lança-chamas

Os militares chineses recorreram a um método radical para combater um grupo de extremistas islâmicos que se escondia numa caverna. Usaram lança-chamas.

Estes extremistas, apontados como sendo Uigures terão atacado uma mina de carvão na região de Sinkiang, no nordeste do país.

Segundo noticia o site oficial do exército da China, o PLA Daily, as autoridades chinesas colocaram em marcha uma caça ao que chamam de “extremistas liderados pelo estrangeiro”.

Os militares lançaram primeiro granadas e gás lacrimogéneo para o interior da caverna onde estes supostos extremistas se esconderiam.

Como aquele método não surtiu efeitos, finalmente, recorreram a lança-chamas para tirarem cerca de 10 homens do seu esconderijo.

Os alegados terroristas terão saído empunhando facas, mas foram “completamente aniquilados”, sustenta-se no PLA Daily.

Os Uigures são muçulmanos que procuram implementar um estado independente, sob o nome de Turquestão Oriental, e que têm uma longa história de luta contra as autoridades centrais da China.

As autoridades chinesas acusam-nos de terrorismo, mas os activistas Uigures consideram que são meros defensores da sua cultura e da Língua Uigur e que são vítimas de tensões étnicas e da discriminação do governo que não lhes permite praticar o Islão livremente.

Um porta-voz de um grupo de Uigures exilados, Dilxat Raxit, reagiu ao ataque do exército chinês considerando que “os ataques de Paris deram à China uma desculpa política para usar descaradamente lança-chamas para reprimir Uigures desarmados que não têm protecção legal adequada e que procuram evitar ser presos”.

Há Organizações Não Governamentais que também acusam a China de abuso de direitos humanos, considerando que não está em causa uma questão de violência ou de protecção da autonomia nacional, mas antes uma luta contra uma cultura diferente.

A China tem usado o argumento da ameaça séria de extremistas islâmicos e de separatistas na região que é vista como estratégica, por causa da riqueza energética, para levar a cabo operações militares radicais na zona.

ZAP

2 Comments

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.