China prepara-se para pôr três astronautas na Lua até 2030

(dr) Xinhua

A estação espacial chinesa Tiangong-1

A China está a preparar uma missão tripulada à Lua. Quer fazê-lo antes de 2030.

O anúncio foi feito hoje. A China iniciou a “fase de pouso tripulado na Lua” do seu programa de exploração lunar.

É uma meta que planeia alcançar até 2030, na véspera de colocar três astronautas em órbita.

O vice-diretor da Agência Espacial Tripulada da China, Lin Xiqiang, explicou, em conferência de imprensa, que o Escritório de Engenharia Espacial Tripulada da China já “iniciou os trabalhos de desenvolvimento”.

Os projetos incluem “novos veículos de exploração, fatos de astronauta, uma nova geração de naves espaciais e novos foguetões”.

O trabalho visa possibilitar no futuro uma “curta estadia na Lua”, uma “exploração conjunta homem-máquina” e as tarefas de “pouso na lua, movimentos na superfície, recolha de minerais, pesquisa científica e retorno à Terra”, disse Lin.

Lin anunciou ainda o lançamento do Shenzhou-16, que vai transportar três astronautas – Jing Haipeng, Zhu Yangzhu e Gui Haichao – para a estação espacial de Tiangong.

Os astronautas vão para Tiangong, a partir da base de lançamento de Jiuquan, situada numa área desértica no norte do país.

Para Jing – o comandante da missão tripulada – esta é quarta missão em que participa, o que o tornará no ‘taikonauta’ – como são chamados os astronautas chineses – com mais missões. Zhu e Gui irão estrear-se em missões no espaço.

Jing e Zhu vão ficar encarregados de manobrar e gerir a nave e realizar experiências.

Se a Estação Espacial Internacional – uma iniciativa liderada pelos Estados Unidos à qual a China está impedida de aceder devido aos laços militares do seu programa espacial – for desativada naquele ano, conforme está planeado, é provável que a Tiangong se torne na única estação espacial do mundo até 2024.

A China já conseguiu pousar a sonda Chang’e 4 no lado da Lua não visível a partir da Terra em 2019, tornando-se o primeiro país a fazê-lo.

Em 2013, a China conseguiu fazer aterrar uma sonda espacial na Lua, pela primeira vez, numa proeza só realizada até então pela antiga União Soviética e pelos EUA.

Mas a missão de 2019 da agência espacial chinesa foi a primeira a enviar uma sonda e um veículo robotizado para o lado oculto da Lua, o hemisfério lunar que não pode ser visto da Terra.

O país asiático anunciou também recentemente a quarta fase do seu programa de exploração lunar, no qual se inclui a construção de uma base de exploração científica no polo sul do satélite natural da Terra, na próxima década.

ZAP // Lusa

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