O número de lançamentos planeado pela China para 2022 é semelhante ao dos EUA. O gigante asiático quer ter a sua estação espacial Tiangong pronta até ao final deste ano.
A China tem planos de completar a sua estação espacial até ao final deste ano e quer fazer mais de 40 lançamentos em 2022, tendo dois já sido feitos.
Os lançamentos incluem duas missões tripuladas da nave espacial Shenzhou-14, duas missões de carga da Tianzhou e dois módulos adicionais da estação — Mengtian e Wentian — que se vão juntar ao módulo do núcleo Tianhe que já acolhe três pessoas e assim completar a estação espacial Tiangong.
A missão da Shenzhou-14 deve começar em Maio, levando uma equipa que vai substituir os cientistas que estão actualmente no módulo Tianhe, nota a Forbes. A equipa que está no módulo deve regressar à Terra em Março, assinalando assim a primeira vez que astronautas chineses estiveram no Espaço durante seis meses.
A China pretende assim avançar significativamente com o seu programa espacial, sendo que o país tem tido uma abordagem mais cautelosa à exploração do Espaço.
A missão de seis meses Shenzhou-13 da tripulação abordo do Tianhe é a mais longa feita pela China desde 2003, quando o país enviou um humano ao Espaço pela primeira vez. A equipa já fez caminhadas espaciais e testes com o braço robótico de serviço na estação, que tem um quarto do tamanho da EEI.
A China também já teve lançamentos não tripulados bem-sucedidos, como no seu programa lunar, que colocou o primeiro rover no lado menos explorado da Lua. O país estará também a desenvolver um avião espacial secreto, reporta a AP.
Em 2021, o país completou 55 lançamentos, incluindo 48 feitos pela China Aerospace Science and Technology Corporation (CASC) — uma empresa que em Janeiro foi uma das três chinesas que foi alvo de sanções pelos Estados Unidos, com Washington a acusá-la de proliferar tecnologia de mísseis. A China tem ainda planos de levar uma equipa à Lua nos próximos cinco anos.
Os EUA esperam fazer um número de lançamentos semelhante este ano, depois do abrandamento em 2021 causado pela pandemia e os consequentes atrasos nas cadeias de fornecimento de itens essenciais, como chips ou oxigénio líquido.
O programa espacial chinês foi barrado da Estação Espacial Internacional devido às objeções norte-americanas. O gigante asiático tem continuado o seu programa de construção da estação espacial Tiangong, depois de ter abandonado duas versões experimentais anteriores.