Com o calor a chegar em força à Argentina, as mulheres do país enfrentam um relevante dilema: a falta de tampões. Este produto de higiene feminina está em falta nas lojas da nação sul-americana.
Os retalhistas argentinos estão com dificuldades em fazer face à procura de tampões. E nalguns locais, as mulheres não conseguem encontrar nem uma caixa sequer deste essencial produto de higiene feminina, conforme revela uma reportagem do The Wall Street Journal.
Esta falta está a afectar inúmeras mulheres que têm manifestado a sua angústia através das redes sociais. E o problema… bem, ninguém se entende quanto à origem desta escassez.
As dificuldades económicas que o país atravessa, nomeadamente para consegui pagar a dívida externa, e as barreiras alfandegárias determinadas pelo governo têm causado a falta de diversos bens de consumo. Todavia, a presidente da Argentina, Cristina Kirchner, e seus pares refutam responsabilidades.
O Ministério da Economia da Argentina já veio alegar que a culpa é dos “problemas logísticos” das empresas que fornecem este tipo de produto.
A Johnson & Johnson, responsável por uma das marcas de tampões mais conhecidas mundialmente, assume algumas “dificuldades para satisfazer a grande procura sazonal” por causa dos “atrasos no processo de importação no fim de 2014”, conforme revela um dirigente da empresa citado pelo The Wall Street Journal.
A Kimberly-Clark, outra empresa que comercializa tampões, admite também no mesmo jornal “problemas de distribuição” em alguns locais, motivados pelo “aumento da procura nesta época do ano”.
A Argentina está em pleno arranque da época balnear, enfrentando dias com temperaturas elevadas, o que faz aumentar a procura de tampões.
E, entretanto, surgem as críticas da oposição, nomeadamente quando a Argentina tem como presidente uma mulher. Facto que muitos evidenciam quando se queixam desta escassez.
“Se o Ministro da Economia fosse uma mulher, não teríamos uma falta de tampões“, atira por seu turno o economista Miguel Braun, numa publicação no Twitter.
O economista, que trabalha com o candidato presidencial da oposição Mauricio Macri, acrescenta que “se o ministro da Economia soubesse alguma coisa de economia”, também não haveria este problema.
SV, ZAP
Façam o mesmo que eu disse ao meu contabilista para ele fazer: metam uma rolha.