(dr) Kyodo
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Supercomputador japonês Fugaku
O primeiro supercomputador quântico híbrido do mundo entrou, oficialmente, em funcionamento no Japão.
O computador quântico Reimei foi integrado com sucesso no Fugaku, o sexto supercomputador mais rápido do mundo.
A plataforma híbrida destina-se a efetuar cálculos que os supercomputadores clássicos podem demorar muito mais tempo a processar.
A máquina, que está instalada no instituto científico Riken, perto de Tóquio, será utilizada principalmente para a investigação em física e química, explicaram os criadores do Reimei, numa declaração conjunta, citada pela Live Science.
Os criadores afirmaram que escolheram o Fugaku para a integração porque este tem uma arquitetura única que move fisicamente os qubits. Este processo de “transporte de iões” permite que os qubits sejam deslocados num circuito conforme necessário, permitindo algoritmos mais complexos.
Reimei é um grande progesso
Ao contrário da maioria dos computadores quânticos que utilizam qubits supercondutores, o Reimei utiliza qubits de iões aprisionados.
Isto implica o isolamento de átomos carregados, ou iões, num campo eletromagnético – conhecido como armadilha de iões – e a utilização de lasers para controlar com precisão o seu estado quântico.
Esta tecnologia permite aos cientistas manipular os iões para que possam ser utilizados como qubits que armazenam e processam informação quântica.
No entanto, os qubits iónicos aprisionados impulsionam mais ligações entre qubits e tempos de coerência mais longos; enquanto os qubits supercondutores têm ligações de porta mais rápidas e são mais fáceis de fabricar em chips.
Sistema de correção de erros
Os qubits são inerentemente “ruidosos”, nota a Live Science, pelo que, para aumentar efetivamente a escala dos computadores quânticos, os cientistas estão a desenvolver técnicas de correção de erros para aumentar a fidelidade dos qubits.
No Reimei, os qubits iónicos físicos foram agrupados para criar “qubits lógicos” – ou seja, um conjunto de qubits físicos que armazenam a mesma informação em vários locais.
Os qubits lógicos são uma via fundamental para se conseguir a desejada redução dos erros dos qubits, porque a distribuição da informação em diferentes locais distribui os pontos de falha, o que significa que uma falha de um qubit não interrompe um cálculo em curso.
Embora o Reimei-Fugaku seja o primeiro sistema híbrido integrado e totalmente operacional, outras empresas já testaram sistemas deste tipo. Em junho de 2024, a IQM integrou um processador quântico de 20 qubits (tal como o Reimei), no supercomputador SuperMUC-NG em Garching, Alemanha.
Alguém percebeu esta lenga-lenga ? Se SIM explique-me !!!