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Chaves vs Sporting | Bas Dost entra para resolver

O Sporting mantém a perseguição ao FC Porto e ao Benfica, após bater o Desportivo de Chaves, por 2-1.

Sem poder contar com Bruno Fernandes e Acuña, castigados, Jorge Jesus guardou o holandês Bas Dost para a segunda parte e o holandês respondeu à chamada com dois golos, decidindo uma partida que estava a ser bastante complicada para os “leões”.

A equipa flaviense acabaria por responder já perto do fim, mas não conseguiu impedir o Sporting de somar os três pontos, que colocam a equipa “leonina” a apenas cinco do FC Porto.

O Jogo explicado em Números

  • Início de partida muito disputado, como seria de esperar, com o Chaves a aguentar bem a pressão exercida pelos “leões” e a ter até a melhor ocasião de golo dos primeiros 15 minutos, num remate enquadrado muito perigoso de William, desviado pelo corpo de Rui Patrício.
  • Nesta fase inicial era de salientar o equilíbrio entre as duas formações, com uma ligeira vantagem para os flavienses em termos de posse de bola (52%-48%) e eficácia na distribuição (89%-88%). Este período ficou marcado, no entanto, por uma forte contrariedade para Jorge Jesus, que perdeu Bruno César por lesão, somando apenas oito passes, dez toques e um alívio.
  • Fredy Montero e Bryan Ruiz, as principais unidades ofensivas do Sporting colocadas no centro do campo, demonstravam grandes dificuldades para entrar no ritmo do jogo. Juntos chegaram aos 20 minutos com apenas seis passes (metade deles eficaz), dez toques e quatro duelos, dos quais apenas um ganho.
  • À falta de golos, era William Carvalho quem mais se destacava em campo. O médio do Sporting cumpria com o seu papel na ligação entre a defesa e o ataque, chegando aos 35 minutos com 45 passes (mais do dobro do que qualquer jogador adversário), 51 acções com bola, 100% de duelos ganhos, três acções defensivas e ainda outras tantas recuperações de posse.
  • À entrada para os últimos cinco minutos da primeira parte, o Sporting somava já seis cruzamentos falhados em outros tantos executados, com Lumor a liderar este dado negro (três). O Chaves tinha o único cruzamento eficaz da partida, em cinco tentativas.
  • Primeira parte marcada por um grande equilíbrio. Ainda assim, de salientar a elevada eficácia de passe do Chaves, que ainda disputou tantos duelos individuais quanto o Chaves e fez até menos faltas do que o adversário.
  • Individualmente, o destaque ao intervalo ia para o guarda-redes Ricardo que, com duas defesas, ambas a remates de dentro da área, e uma saída a soco, apresentava um GoalPoint Ratings de 5.9.
  • Logo abaixo do guardião surgia Rúben Ribeiro 5.6, com uma ocasião flagrante criada, duas bolas colocadas na área contrária e três faltas sofridas.
  • Bom início de segunda parte do Chaves, a única equipa que conseguiu rematar de forma enquadrada nos primeiros 15 minutos após o reatamento, obrigando Rui Patrício a mais uma boa defesa. Para além disso, a equipa da casa mostrava-se superior na posse de bola (57%-43%) e na sua distribuição (85% de eficácia contra 73%). Em resposta, Jorge Jesus lançou Bas Dost, que entrou para o lugar de Misic.
  • E foi precisamente da cabeça de Bas Dost que surgiu o primeiro golo da partida, aos 62 minutos, quando o holandês saltou mais alto do que três adversários e deu o melhor desfecho a um cruzamento de Rúben Ribeiro.
  • Dos quatro passes para finalização que o Chaves contabilizava aos 70 minutos da partida, três pertenciam a Bressan, que era líder em campo nesta vertente. Na equipa flaviense havia um outro jogador em destaque no passe: trata-se do médio Jefferson, que foi substituído aos 70 minutos com 31 passes realizados, todos eles eficazes.
  • Aos 78 minutos, Davidson desperdiçou uma ocasião flagrante de golo ao rematar contra o corpo de um adversário depois de deixar Rui Patrício para trás. Na génese da jogada esteve Bressan, que já tinha o dobro de passes para finalização do que os líderes dos “leões” neste capítulo: Rubén Ribeiro, Bas Dost, Bryan Ruiz e Gelson Martins, cada um com duas situações de remate criadas.
  • Aos 86 minutos, Bas Dost aumentou a vantagem do Sporting ao empurrar a bola para o fundo da baliza depois de uma perda de bola de Platiny, aproveitada de imediato por Battaglia, que apenas teve de servir o holandês.
  • O avançado brasileiro do Chaves acabou por redimir-se já no período de descontos ao converter uma grande penalidade cometida por Coates, que, ainda assim, foi insuficiente para dar um novo rumo aos acontecimentos. Os flavienses acabaram por pagar caro a sua falta de eficácia, chegando ao final da partida com mais remates à baliza do que adversário (7-5).

O Homem do Jogo

Pouco mais de meia-hora chegou para Bas Dost deixar a sua marca em campo. Lançado aos 56 minutos, o holandês demorou um minuto para fazer o seu primeiro remate e apenas seis para marcar o primeiro da noite – acabando por o fazer uma segunda vez já perto do fim. Para além dos golos apontados, Bas Dost acertou os nove passes que fez, dois deles para ocasião de remate, venceu metade dos seis duelos que disputou e foi ainda eficaz no único drible que arriscou, terminando o desafio com a nota mais alta nos GoalPoint Ratings, um relevante 7.6.

Jogadores em foco

  • Rúben Ribeiro 7.1 – Criou duas ocasiões flagrantes, uma delas resultantes em golo, arrancou um drible na área contrária e sofreu quatro faltas – mais do que qualquer outro jogador. Para além disso, foi o autor de seis acções defensivas e venceu sete dos dez duelos em que esteve envolvido.
  • Rui Patrício 6.5 – Fez cinco defesas, quatro delas a remates de dentro da área, uma saída pelo solo eficaz, uma recolha e uma saída a soco. Dos 13 passes longos que realizou, apenas cinco foram eficazes.
  • Nuno André Coelho 5.3 – Rematou por três vezes, uma delas de forma eficaz, falhou apenas sete dos 49 passes que fez e somou 11 acções defensivas, entre as quais seis alívios.
  • Davidson 4.6 – Noite para esquecer. Falhou uma ocasião flagrante, sofreu quatro desarmes e controlou mal a bola em cinco ocasiões.
  • Lumor 4.4 – Falhou três desarmes, somou apenas duas acções defensivas e perdeu 14 vezes a bola. Dos quatro cruzamentos que fez, nenhum foi eficaz.

Resumo

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