CGTP volta à rua com concentrações nos distritos e greves e plenários nas empresas

Mário Cruz / Lusa

A secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha

A CGTP vai voltar à rua pela valorização dos salários e do emprego e o respeito pelos direitos individuais e coletivos.

A CGTP volta à rua com uma Jornada Nacional de Luta descentralizada para exigir melhores condições de vida e de trabalho, promovendo concentrações em todos os distritos, uma manifestação em Lisboa e plenários e greves em empresas.

A valorização dos salários e do emprego e o respeito pelos direitos individuais e coletivos deram o mote a esta iniciativa de protesto que a central sindical entende que deve ter expressão pública, embora respeitando as regras de distanciamento social inerentes ao combate à pandemia da Covid-19.

“Vamos ter uma grande jornada de luta, com muitos milhares de trabalhadores em protestos por todo o país, na rua ou nas empresas, mas garantindo sempre as regras de proteção da saúde, com máscaras e distanciamento”, disse à Lusa a secretária geral da CGTP, Isabel Camarinha.

Segundo a sindicalista, esta “será uma jornada de luta muito diversificada, com trabalhadores de todo o país a fazerem as suas exigências nas respetivas empresas, com greves, concentrações e plenários, enquanto outros irão participar em concentrações convergentes, em quase todos os distritos, em tornos de objetivos mais gerais”.

“As opções que têm sido tomadas têm de ser alteradas, através da valorização do trabalho e dos trabalhadores. Com o aumento dos salários e emprego com direitos o país também se desenvolverá”, disse Isabel Camarinha.

A líder da Intersindical considerou que as medidas que o Governo avançou para responder aos problemas económicos e sociais causados pelo surto epidémico, “não só não responderam às necessidades e exigências que se colocam, como fragilizaram ainda mais a situação dos trabalhadores”

“Foi tudo isto que levou à marcação desta jornada de luta. Precisámos de trazer os trabalhadores para a rua para divulgar os seus problemas e exigir respostas diferentes das que têm sido dadas”, afirmou.

A secretária-geral da CGTP-IN, esteve, ao início da manhã, com os trabalhadores da DHL, em Vialonga, que estão em greve, e ao final da manhã na concentração dos trabalhadores da hotelaria, restauração e similares, junto à sede da associação do setor AHRESP, em Lisboa.

Em Lisboa, a manifestação partirá ao início da tarde do Cais do Sodré, em direção à Assembleia da República, onde será feita uma intervenção político-sindical da secretária-geral da CGTP.

Estão também marcadas concentrações ou desfiles para Faro, Aveiro, Beja, Guimarães, Coimbra, Évora, Guarda ,Leiria, Funchal, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo e Viseu.

// Lusa

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