A Caixa Geral de Depósitos (CGD), a principal credora da sala de espectáculos Hard Club, no Porto, aceitou o perdão de 75% da dívida do espaço, viabilizando a sua aquisição pelo grupo de construção civil Ferreira. Rejeitado foi um plano alternativo de revitalização que era apoiado pela maioria dos accionistas da sala de concertos.
A CGD é o principal credor do Hard Club que está em Processo Especial de Revitalização (PER), para fugir à falência, com dívidas da ordem dos 5,4 milhões de euros. Mais de 80% dos créditos são devidos a entidades estatais, incluindo a CGD que tem a haver 2,8 milhões de euros. Também a Turismo de Portugal (1,56 milhões de euros), a Segurança Social (13,3 mil euros) e o Fisco (1.575 euros) são credores do espaço.
A posição da CGD, como principal credor, foi fundamental para chegar a um acordo que viabiliza a aquisição do Hard Club do Porto por parte de uma sociedade do Grupo Ferreira, segundo noticia o Jornal de Negócios. O grupo que actua na área da construção civil tentava comprar o espaço há vários anos, o que motivou uma guerra entre os accionistas da sociedade que detéM a sala de espectáculos.
O baterista dos Xutos e Pontapés, Kalú, é um dos accionistas, com 10% do capital, que se opunha à entrada do Grupo Ferreira no Hard Club, tal como Pedro Lopes, detentor de 45% das acções. Por outro lado, José Pedro Pereira e Vítor Costa, com 22,5% cada, teriam já chegado a acordo com o Grupo de construção civil para a venda das suas participações, como avança o Negócios.
O acordo agora alcançado permite ao Grupo Ferreira ficar com um mínimo de 76% das acções da Sociedade que detém o Hard Club numa “operação acordeão” que passa pela redução do capital social a zero para cobertura de prejuízos, com sucessiva recapitalização, segundo destaca o jornal económico. Os credores podem subscrever acções nesse processo de recapitalização, caso contrário, o Grupo Ferreira admite ficar com a totalidade do capital.
Quanto às dívidas acumuladas pelo espaço, o PER prevê que serão pagas pelos “meios gerados” pela actividade do Hard Club “até 2032”, como nota o Negócios, destacando que o alvará do espaço termina em Abril de 2029.
O Grupo Ferreira tem no seu portefólio de imóveis edifícios como a sede da Liga de Clubes, o novo pavilhão do Sporting, as instalações da Rádio Renascença e o edifício do terminal de cruzeiros do porto de Leixões. Um dos seus mais recentes projectos passa pela transformação do edifício do ex-colégio Almeida Garrett, no Porto, num empreendimento de habitação e em estúdios destinados a jovens e a estudantes.
E nos a pagar pomos lá o nosso dinheirinho e ainda pagamos todos os serviços.
é mais do mesmo, paga zé…
O povo paga.
É sempre a mesma M—- o povo é que paga. Assim não é necessário curso p/ gerir. É tudo por conta dos impostos do Zé Lorpa. Até quando vamos andar ao sabor destes politicos sanguessugas??
Não há alarme nenhum, o povo é sereno… O povo paga, sem problema algum, ora essa…
Ok, sendo assim vou exigir perante a cgd o perdão de dívidas pois são muito mais pequenas e seguindo a mesma ideologia e tendo em conta a igualdade de direitos terão que o fazer também comigo!
o que se vai aprendendo com estes magnificos exemplos é que ser incompetente, irresponsável, ladrão é que compensa.
triste sina a deste país/mundo/era
Realmente o povo é sereno, mas até quando?
Enquanto for dando para a bucha, para o futebol e para os concertos de verão, tudo está bem. Continuamos a ser o triste povo dos três F.
É o tipo de povo que interessa a qualquer governo como o nosso, nos países escandinavos onde é que isto já ia, é uma questão de cultura, um povo culto é um povo exigente.
Estas notícias já nem carecem de importância, já estamos habituados a pagar pelos saques de alguns, pelos desfalques nos bancos…
Quem, senão os contribuintes, sustentam a máquina fiscal e a segurança social?
Eu diria que tenho “vergonha” deste país mas já embirraram com essa expressão e não pretendo ser mais um dos “embirrados”