“Não nos façam isso!”: cerveja Guinness vai ficar mais cara – e isso é problema nacional na Irlanda

David Chan / Flickr

cerveja Guinness

Grupo responsável pela cerveja preferida dos irlandeses anunciou subida de 15 cêntimos. Responsáveis de pubs pedem para a empresa pensar melhor.

Há um problema nacional na República da Irlanda. Um problema chamado Guinness.

Não o livro dos recordes, mas a cerveja muito consumida no país. Aliás, será a marca de cerveja preferida dos irlandeses.

O problema não é a cerveja. É o preço da cerveja.

O grupo responsável pela bebida, Diageo, anunciou nesta terça-feira que cada unidade vai subir 12 cêntimos. Isto sem impostos porque, com os impostos, é uma subida de pelo menos 15 cêntimos, contabiliza o jornal The Irish Times.

A empresa justifica este aumento com a “inflação significativa que se reflecte nos custos de produção”.

“Suportámos esses custos durante o máximo de tempo possível mas, infelizmente, não conseguimos continuar a fazer isso”, continuou a Diageo.

Quando, em Novembro, a concorrente Heineken anunciou um aumento de 17 cêntimos por unidade, a Diageo garantiu que não iria subir os preços até ao final de 2022. O ano mudou, os preços também.

O aumento vai abranger Guinness, Smithwicks, Rockshore, Harp, Hop House 13 e… Carlsberg.

Em termos práticos, cada copo de Guinness vai custar em média 5,30 euros. Mas nos pubs, sobretudo nas cidades, essa média vai subir para quase 6 euros.

São precisamente os gerentes dos pubs que já reagiram, ao pedir à Diageo para pensarem melhor no assunto. Porque também eles estão em dificuldades por causa da inflação e sobretudo por causa da subida dos preços da energia.

A associação comercial de operadores de pubs irlandeses lamentou esta novidade: “Provavelmente vamos ter que reflectir este aumento nos nossos preços. Estamos extremamente frustrados com a situação”.

Até o primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, já comentou o assunto, ao avisar que esta subida de preços da Guinness trazer (ainda) mais problemas financeiros para muitos irlandeses.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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