Uma equipa de cientistas da Nova Zelândia está a desenvolver uma nova técnica de imagem que ajudará a detetar distúrbios cerebrais e aneurismas antes que se tornem fatais.
As imagens de ressonâncias magnéticas são estáticas. Recentemente, uma equipa internacional de cientistas desenvolveu uma técnica de imagem que captura o cérebro em movimento, em tempo real, detalhadamente e em 3D.
De acordo com o EurekAlert, o novo método poderá ser uma potente ferramenta de diagnóstico para detetar condições como distúrbios cerebrais obstrutivos e aneurismas, antes que se tornem uma ameaça fatal.
A MRI amplificada em 3D, ou 3D aMRI, mostra o movimento cerebral pulsante que pode ajudar os especialistas a visualizar distúrbios cerebrais de forma não invasiva. A técnica permite que o movimento do cérebro seja observado em todas as direções, em modelos de animação 4D.
As mais recentes descobertas foram publicadas em dois artigos separados no Journal Magnetic Resonance in Medicine e na Brain Multiphysics.
Além de poder ajudar no diagnóstico de doenças, a técnica pode ser usada em vários projetos de investigação. “Estamos a usar a ressonância magnética 3D para ver se podemos encontrar novas informações sobre o efeito da lesão cerebral traumática leve no cérebro”, disse Samantha Holdsworth, que lidera a equipa.
Esta é uma extensão de uma técnica desenvolvida em Stanford e significa que o cérebro pode ser visto em detalhes “requintados”, adiantou Holdsworth. “É uma versão muito mais precisa, que nos permite ver o cérebro a mover-se em todas as direções.”
Miriam Sadeng, professora da Universidade de Auckland, acrescentou que o novo método pode ajudar os especialistas a entender o fluxo de fluido. Este avanço permitirá “desenvolver novos modelos do funcionamento do cérebro”, rematou.