O CDS está partido em três em Ponte de Lima, com três candidatos às próximas autárquicas a terem ligações ao partido que está no poder, naquela autarquia, desde o pós-25 de Abril. Pelo meio, o PCD apresentou um candidato próprio depois de não ter chegado a acordo com os centristas para um coligação.
Ponte de Lima, conhecida como a mais antiga vila de Portugal, é o grande bastião autárquico do CDS que está no poder, na autarquia, desde 1977, quando foi eleito João Abreu Lima como o primeiro presidente de Câmara da localidade do Alto Minho.
Desde então, os centristas estiveram sempre à frente da Câmara, e apenas duas vezes em coligação com o PSD.
O CDS só perdeu a liderança quando Daniel Campelo ganhou como independente, depois do famoso caso do “orçamento do queijo limiano”. Nessa altura, após ter aprovado um Orçamento de Estado do PS, o então deputado do CDS foi afastado do partido pelo líder Paulo Portas, mas venceu as autárquicas como candidato independente.
O sucessor de Daniel Campelo foi o actual presidente de Câmara, Victor Mendes, que não se pode recandidatar por ter atingido o limite máximo de mandatos, depois de 12 anos consecutivos no poder.
O candidato oficial do CDS ao cargo é Vasco Ferraz, actual vereador da autarquia. Mas entre os seus opositores estão duas figuras ligadas ao CDS, ambos antigos vice-presidentes da Câmara e agora candidatos por movimentos independentes.
Um desses candidatos é Abel Baptista, antigo deputado e antigo vice presidente de Daniel Campelo, que concorre como líder do Movimento Ponte de Lima Minha Terra (PLMT).
Nas autárquicas de 2017, Abel Baptista já concorreu como independente, conseguindo 23,66% dos votos e eleger dois vereadores.
O outro candidato é Gaspar Martins que foi vereador no tempo de Campelo e vice-presidente de Victor Mendes.
Pelo meio, falhou um acordo pré-eleitoral entre CDS e PSD. O CDS tentou um entendimento, oferecendo ao PSD o quinto lugar da lista, como reporta a TSF.
Mas isso seria “nada” na óptica do PSD de Ponte de Lima, como cita a mesma Rádio, reportando para o facto de se acreditar que, mesmo que ganhe, Vasco Ferraz não deverá conseguir mais do que 3 vereadores contra os actuais 5 em 7 mantidos pelo CDS.
Assim, o PSD avançou com um candidato próprio, Jorge Nuno Vieira de Araújo, antigo deputado da Assembleia Municipal .
O jogo está baralhado, as cartas em cima da mesa. Agora, é esperar para ver quem tem o melhor naipe.
Em 2017, nas últimas eleições autárquicas, o candidato do CDS somou 52,11% dos votos.
É tempo de a Vila evoluir……
A bela vila de Ponte de Lima já evoluiu e nunca precisou do CDS para nada; o CDS é que sempre precisou da vila!…
Aqui está, isto é para a pessoa eu, a dança das cadeiras, agora danço eu depois danças tu, mas afinal como se chamam estes democratas? não é uma ditadura. Mas são sempre os mesmos!