Cavaleiros do Diabo. O segredo que tornou os arqueiros mongóis os mais temidos na História

Nos anais da história, poucos povos guerreiros incutiram tanto medo como os arqueiros da cavalaria mongol. Os historiadores sabem o seu segredo.

A superioridade no uso do arco e flecha e a sua perícia na equitação tornou os mongóis uma força medieval militar imparável.

Mas qual era o segredo das impressionantes hordas de mongóis, que ficaram conhecidos como “Cavaleiros do Diabo“?

De acordo com alguns historiadores, a força dos arqueiros mongóis residia essencialmente em dois fatores.

Em primeiro lugar, o design avançado dos seus do arcos compostos davam uma vantagem aos seus arqueiros, que conseguiam disparar as suas flechas a distâncias maiores e com mais força do que os seus rivais.

Tal era o seu poderio que Genghis Khan, após ser atingido por uma flecha durante uma batalha, em vez de executar Jebe, o arqueiro que o tinha atingido, promoveu-o a oficial comandante.

A cavalaria mongol, que se estima fosse até 40% das forças totais de Genghis Khan, foi fundamental nas vitórias mongóis e subsequente ocupação de territórios que abrangiam a China, Ásia Central e Europa Oriental.

De acordo com o Big Think, o segundo fator que explica a enorme superioridade que os cavaleiros mongóis denotavam no campo de batalha era a sua extraordinária perícia na sela.

A relação simbiótica dos mongóis com os seus cavalos, uma norma cultural nascida do seu estilo de vida nómada das estepes, era essencial. Desde tenra idade, as crianças dominavam a equitação, contribuindo para a reputação dos mongóis como os melhores cavaleiros do Mundo.

Os próprios cavalos eram criados para se resistentes, não para atingir velocidade. Requerendo um sustento mínimo, conseguiam alimentar-se em pastagens cobertas de neve, um atributo inestimável durante as guerras mongóis com a Rússia.

Os arqueiros empregavam vários tipos de flechas para diferentes propósitos: flechas de longo alcance e de curto alcance, flechas com pontas bifurcadas para danos máximos e flechas de sinalização faziam parte do seu arsenal.

Ainda hoje, os historiadores debatem se os mongóis tinham também no seu arsenal flechas envenenadas.

A potência dos arqueiros mongóis era em grande parte devida ao uso de arcos compostos, com uma forma encurvada, que permitia disparos mais poderosos do que o longbow inglês contemporâneo.

Os arcos mongóis tinham também a vantagem de ser suficientemente compactos para serem usados a cavalo — que os arqueiros controlavam com os joelhos, libertando as mãos para mirar e disparar, mesmo a altas velocidades.

Os arqueiros mongóis eram também hábeis no uso da Flecha Parta, técnica de ataque com origem nos guerreiros do Império Parta, na qual um cavaleiro se vira de surpresa para trás e dispara as suas flechas enquanto aparentemente está a fugir do inimigo.

Assim, dizem os historiadores, a força combinada de homem, cavalo e arco tornou os Cavaleiros do Diabo uma força militar temível, que marcou um período de conquista e terror na História mundial.

ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.