A capacidade humana de nos lembrarmos e processarmos informações em sequências foi fundamental para o desenvolvimento da nossa inteligência.
Um estudo publicado na PLOS One liderado por cientistas do Centro de Evolução Cultural da Universidade de Estocolmo sugere que é a capacidade única dos seres humanos de lembrar e processar informações sequenciais que os os distingue de outras espécies, incluindo nossos parentes mais próximos, como os bonobos.
Os cientistas acreditam que esta capacidade, denominada “hipótese da memória sequencial“, é fundamental na evolução da linguagem, cultura e sociedades humanas complexas.
A investigação envolveu testes de memória que requeriam que tanto humanos quanto bonobos pressionassem ecrãs de computador com base no aparecimento de sequências de cores. Enquanto os humanos rapidamente entenderam a importância da ordem, os bonobos tiveram dificuldades em lembrar-se da sequência apenas alguns segundos após ela desaparecer do ecrã.
Johan Lind, professor associado em etologia e diretor adjunto do Centro de Evolução Cultural, destacou a natureza indispensável da memória sequencial nas atividades humanas. “A capacidade de reconhecer e lembrar informações sequenciais é crítica para muitas coisas que fazemos”, afirmou Lind. Os exemplos vão desde a compreensão da linguagem até à resolução de problemas e ao planeamento diário.
Os investigadores propõem uma teoria inovadora que explica por que é que os níveis comparáveis de inteligência não evoluíram noutras espécies. O livro sugere que diferenças genéticas subtis tiveram um impacto profundo na capacidade dos seres humanos de desenvolver cultura, refere o Interesting Engineering.
Os resultados contradizem teorias existentes que afirmam que animais não-humanos podem simular eventos mentalmente ou aprender sobre sequências de estímulos. “O nosso estudo desafia tais ideias, pois são difíceis de conciliar com os nossos resultados sobre os limites sequenciais da memória animal”, observou Lind.
Embora o estudo não se aprofunde na base anatómica para esta memória sequencial, as suas conclusões representam um grande avanço na compreensão do que torna os seres humanos distintos, especialmente na sua capacidade para cultura e inovação tecnológica.
O que torno o ser humano e a razão de o ser é ter inteligência para descobrir estudar fabricando armas de destruição global assassinando se a ele próprio é isso nos fazem inteligente
Claro que não. A inteligência serve para sermos humanos, criticos e criativos.