Será que tem cara de rico? Estudo revela os traços físicos associados a cada classe social

A pesquisa indica que ter um rosto estreito e longo e um tom de pele claro e quente é associado a indivíduos de uma classe social superior.

Um estudo recente publicado no Journal of Experimental Psychology: General revela que as nossas percepções da classe social de outras pessoas são significativamente influenciadas por características faciais específicas.

Segundo esta pesquisa, indivíduos com rostos mais largos, curtos e achatados, com bocas viradas para baixo e com tez mais fria e escura, são frequentemente tidos como pertencentes a uma classe social inferior.

Por outro lado, aqueles que exibem rostos mais estreitos e longos, com cantos da boca virados para cima, sobrancelhas levantadas, olhos mais próximos entre si e tons de pele mais claros e quentes são vistos como pertencentes a uma classe social superior, aponta o Psy Post.

Este estudo pioneiro, liderado por R. Thora Bjornsdottir, professora assistente na Universidade de Stirling, e conduzido durante a sua pesquisa de pós-doutoramento na Universidade de Glasgow, visa esclarecer como a aparência facial contribui para julgamentos sobre a classe social. A pesquisa destaca os julgamentos rápidos que as pessoas fazem com base em características faciais, afetando a percepção do estatuto social e, consequentemente, as oportunidades disponíveis para os indivíduos.

Para explorar estas percepções, a equipa de pesquisa utilizou um modelo generativo 3D para criar um amplo espectro de faces fotorealistas. Estes rostos foram então avaliados pelos participantes numa escala de “mais rico” a “mais pobre” com base nas suas percepções intuitivas. Uma experiência subsequente avaliou percepções de traços sociais como competência e confiabilidade, com mais de 2400 faces avaliadas para mapear as características faciais associadas à classe social e outros traços relacionados.

Journal of Experimental Psychology: Genera

Os resultados sugerem que as características faciais que levam a julgamentos de classe social mais alta também se correlacionam com percepções de maior competência, calor humano e confiabilidade.

Contudo, o estudo reconhece as suas limitações, focando principalmente numa demografia britânica branca, sugerindo a necessidade de mais pesquisas em diversas culturas, classes sociais e etnias para explorar se estas conclusões podem ser generalizadas.

Esta pesquisa sublinha o profundo impacto da aparência facial nos julgamentos de classe social e os potenciais estereótipos que influenciam essas percepções, destacando a importância de compreender e possivelmente desafiar esses vieses para promover uma sociedade mais inclusiva.

ZAP //

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