Um grupo de adeptos argentinos presentes no Qatar entoou um cântico racista e transfóbico direcionado à seleção francesa.
O cântico de um grupo de adeptos argentinos no Qatar está a dar que falar nas redes sociais. Numa transmissão em direto ao canal TyC Sports, um grupo de fãs cantou uma música racista e ofensiva sobre a seleção francesa, a atual campeã em título.
“Jogam pela França, mas são todos de Angola”; “Andam com travestis como o Mbappé”; “A mãe é nigeriana e o pai camaronês, mas o passaporte diz que é francês”. São estes os versos, traduzidos do espanhol para o português, cantados pelos adeptos albicelestes.
O jornalista acabaria por interromper os adeptos já perto do fim, repetindo a palavra “censurados”.
Os argentinos talvez ainda não terão esquecido a derrota nos oitavos de final do último Mundial, disputado na Rússia, em 2018. França derrotou a Argentina, por 4-3.
C’est une honte absolue, du racisme décomplexé, comment c’est possible de voir ça en 2022 ? Sérieusement ? 😱pic.twitter.com/iVzk4IH82D
— Media Parisien (@MediaParisien) November 16, 2022
O podcast Fútbol Infinito fez um levantamento e concluiu que há 137 jogadores a representar uma seleção na qual não nasceram.
137 players will be playing in the World Cup for a different country than the one they were born in, per @Podcastinfinito: pic.twitter.com/sCknblqeJO
— Zach Lowy (@ZachLowy) November 15, 2022
A realidade é que França é das seleções com menos jogadores nascidos fora do país. Os gauleses contam com apenas três destes atletas: Steve Mandanda (RD Congo), Eduardo Camavinga (Angola) e Marcus Thuram (Itália). Este último, filho do lendário Lilian Thuram, só nasceu em Itália porque, na altura, o seu pai jogava no Parma.
A Argentina é apenas uma das quatro seleções presentes no Mundial do Qatar cujos convocados nasceram todos no país.
Ora! Esqueçamos isto!