Campeão de Roland Garros surpreende e critica organização no discurso de vitória

Caroline Blumberg / EPA

Austin Krajicek (E) e Ivan Dodig (D) vencem Roland Garros

Iga Świątek confirmou a superioridade no torneio feminino mas o protagonista do dia foi o veterano Ivan Dodig.

Iga Świątek voltou a vencer o torneio feminino de Roland Garros.

Terceira final em Paris, terceira vitória. Quarta final num Grand Slam no geral, quarta vitória.

A tenista polaca de 22 anos venceu neste sábado a checa (e surpreendente) Karolína Muchová em três parciais: 6-2, 5-7 e 6-4.

A número 1 da tabela WTA venceu três das últimas quatro edições do torneio em Paris. Uma tenista não conseguia vencer Roland Garros duas vezes seguidas desde 2007 – Justine Henin, na altura com um tricampeonato.

Críticas à organização

No mesmo court central, depois da final do torneio feminino, disputou-se a final do torneio masculino de pares.

Ivan Dodig e Austin Krajicek arrumaram a questão em pouco mais de uma hora: 6-3 e 6-1 frente a Sander Gille e Joran Vliegen.

Dodig, veterano de 38 anos, fez o seu discurso habitual de vitória, depois do jogo. Mas surpreendeu, na recta final.

Antes de devolver o microfone avisou que tinha “algo especial e muito importante a dizer” para terminar o seu discurso.

Começou por lembrar: “Este é o meu quarto troféu aqui em Paris. Ganhei quatro vezes Roland Garros, mas hoje estou muito triste (e provavelmente todos vocês vão pensar nisso) porque não recebi o tratamento que qualquer desportista deveria ter. Todos temos de receber o mesmo tratamento para competir entre nós”.

E seguiram-se os exemplos do “turista” croata: “Fico muito triste por dizer isto, mas durante 15 dias vim para este torneio de táxi, fiquei sentado no meio de algumas ruas em Paris à espera, andei a chegar atrasado ao aquecimento com o meu parceiro. Esperava pelo táxi durante 40 minutos”.

“Senti-me muito triste. Senti-me tratado como um turista em Paris. Este torneio deve tratar cada jogador e cada campeão como merecemos. Espero que para o ano façam melhor. Obrigado”, finalizou.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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