Câmara de Gaia exige indemnização de 50 mil euros a antigo vice-presidente

Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia

Patrocínio Avezedo, antigo vice-presidente da Câmara Municipal de Gaia

A autarquia exige uma compensação de 50 mil euros a Patrocínio Azevedo pelos danos que a Operação Babel fez à imagem do município.

A Câmara de Vila Nova de Gaia está prestes a assistir ao julgamento de 16 arguidos na chamada Operação Babel, que arranca a 20 de janeiro no Tribunal de Gaia. Entre os envolvidos está o antigo vice-presidente da autarquia, Patrocínio Azevedo, acusado de um total de 18 crimes, incluindo corrupção, prevaricação, tráfico de influência e branqueamento de capitais.

A investigação, que abrange o período entre 2020 e 2023, revelou um alegado esquema de favorecimento de projetos imobiliários do grupo Fortera, liderado pelo empresário israelita Elad Dror. Azevedo é suspeito de ter recebido 125 mil euros e quatro relógios como contrapartida pelos serviços prestados.

A autarquia e a empresa municipal Gaiurb já avançaram com pedidos de indemnização no valor de 50 mil e 30 mil euros, respetivamente, para compensar os danos à imagem e reputação do município, avança o Correio da Manhã.

A Câmara Municipal considera que, caso os atos ilícitos sejam provados, os danos reputacionais e de credibilidade serão severos, afetando o bom nome e o bem-estar dos residentes, além de comprometer a atratividade de Vila Nova de Gaia para investimentos futuros. Apesar das acusações, a autarquia sublinha que não houve violações grosseiras das regras urbanísticas nos projetos em causa.

Outro nome central no processo é Paulo Malafaia, promotor imobiliário e também arguido num caso semelhante na Câmara de Espinho. Malafaia é acusado de atuar como intermediário, facilitando negociações ilícitas em troca de pagamentos. Elad Dror admitiu ter entregado 25 mil euros a Malafaia para facilitar as burocracias relacionadas com um projeto imobiliário. No entanto, Dror negou qualquer intenção de subornar diretamente Patrocínio Azevedo.

Patrocínio Azevedo, atualmente em prisão preventiva, renunciou ao cargo de vice-presidente e à liderança da concelhia do PS, mas afirma ser inocente. O julgamento será realizado numa sala especialmente preparada no Tribunal de Gaia, com sessões marcadas para segundas, terças e quartas-feiras.

ZAP //

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