Caçador de fósseis amador descobriu nova espécie de dinossauro

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Mike Skrepnick © Canadian Museum of Nature

Ilustração do Spiclypeus shipporum, nova espécie de dinossauro.

Ilustração do Spiclypeus shipporum, nova espécie de dinossauro.

Um caçador de fósseis amador descobriu uma nova espécie de dinossauro que viveu há cerca de 76 milhões de anos. Baptizado Judith, tem como principais características um pescoço com “folhos” e chifres a apontar para os lados.

Os ossos deste dinossauro foram encontrados em 2005, por um caçador de fósseis amador, durante escavações em Montana, nos EUA, próximo de uma formação rochosa conhecida como Judith – daí o cognome que recebeu. Mas só agora, depois de analisados os fragmentos encontrados, é que se confirma que se trata de uma nova espécie.

O Spiclypeus shipporum, o nome científico atribuído ao novo dinossauro, cruza a expressão “spiked shield” (escudo com cravos na tradução para português) com o nome do homem que o descobriu, o físico nuclear reformado Bill Shipp.

Este caçador de dinossauros diz que encontrou os ossos “acidentalmente de propósito”. “Estava mesmo à procura de ossos de dinossauro. Mas sem nenhuma expectativa de realmente encontrar algum”, refere em declarações à Associated Press.

Martin Lipman © Canadian Museum of Nature

O paleontologista Jordan Mallon com o crânio reconstruído do Spiclypeus shipporum.

Os ossos foram adquiridos pelo Museu da Natureza do Canadá (MNC) e foram estudados por investigadores que agora divulgaram os resultados do seu trabalho no jornal científico PLOS ONE.

Classificado como um familiar próximo dos Tricerátopos, o Judith também tem chifres, mas situados acima dos olhos e virados para os lados, em vez de direccionados em frente. Além disso, tem um elaborado pescoço com “folhos” feito de ossos curvados.

Com cerca de 4,5 metros de comprimento e 4 toneladas de peso, este herbívoro tinha, pelo menos, 10 anos de idade quando morreu, conforme referem os investigadores no seu estudo.

A equipa apurou ainda que o dinossauro tinha sofrido uma grave infecção numa perna e padecia de artrite, problemas de saúde que o terão deixado vulnerável a predadores.

“É uma história excitante porque é uma nova espécie e, contudo, temos este tipo de indivíduo patético que sofreu ao longo do seu tempo de vida. Se andares a mancar em três membros, provavelmente não vais conseguir acompanhar a manada”, aponta o paleontologista Jordan Mallon do MNC, em declarações à Associated Press.

Os ossos estavam preservados em bentonita, uma espécie de argila, e em lamito, conforme explica Bill Shipp num vídeo onde fala sobre a sua descoberta.

SV, ZAP

1 Comment

  1. “crâneo reconstruído” o próprio mundo dos dinossauros poder se ia indicar que foi todo “reconstruído”..

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