Cabral descobre caminho e afoga ganso

Paulo Cunha / EPA

Arthur Cabral e Rafa festejam o golo do Benfica

O Benfica venceu, este domingo, o Casa Pia, em Rio Maior, por 1-0, em jogo a contar para a 26.ª jornada da I Liga. Arthur Cabral foi o autor do golo solitário das águias.

Não foi fácil a curta deslocação do Benfica a Rio Maior, casa emprestada do Casa Pia esta temporada.

O Benfica entrou em falso, jogou de forma lenta, previsível, sem rasgo, na primeira-parte, onde as melhores ocasiões pertenceram aos “gansos”.

Os campeões nacionais foram mais incisivos na etapa final, variaram o jogo com mais velocidade e imprevisibilidade e desbloquearam o nulo num lance de inspiração de Arthur Cabral, que entrou em cena aos 59 minutos e bateu Ricardo Batista aos 74, à “lei da bomba”.

Com o triunfo, o conjunto da Luz não perdeu terreno na luta pelo título e voltou a somar três pontos num duelo fora de portas, depois do empate em Guimarães e do desaire no Dragão.

Já o emblema de Pina Manique não vence há três jornadas consecutivas.

Schmidt tinha o ouro e os três pontos no banco

Boa réplica do Casa Pia que surgiu em campo organizado e sempre que tinha a bola atacava com critério e perigo. Foi assim que ameaçou o golo em três ocasiões: aos 10′, Larrazabal, o “carrasco” na Luz na primeira volta, quase marcou, Fellipe Cardozo, cinco minutos volvidos, não teve a melhor pontaria e já perto do intervalo Pablo Roberto obrigou Trubin a puxar dos reflexos.

Do lado “encarnado”, a ocasião mais clara surgiu aos 20 minutos, numa tentativa de Marcos Leonardo.

O 1x3x4x3 dos “gansos” convidava o Benfica a jogar por zonas interiores e expunha as fragilidades do ataque posicional e na reação à perda da bola dos campeões nacionais, que apenas a espaços conseguiam visar o alvo, quase sempre nas acelerações de Rafa ou na largura que Bah imprimia no corredor direito.

Ricardo Batista era o melhor ao intervalo

No período de descanso, Ricardo Batista era a unidade em foco com quatro defesas e um GoalPoint Rating de 6.7.

Nos primeiros 15 minutos desta segunda parte, o Benfica criou mais situações de perigo do que em toda a primeira.

O intervalo fez bem aos visitantes que imprimiram outra voragem nas suas ações e as entradas de David Neres e de Arthur Cabral ajudaram a remeter o Casa Pia para os derradeiros 30 metros do terreno.

Porém, o lance que desatou o nó surgiu a 16 minutos dos 90, por obra e graça da arte de Arthur Cabral, que assim ofereceu o 72.º triunfo a Roger Schmidt, ele que neste momento cumpriu o 100.º encontro oficial como treinador dos “encarnados”.

Melhor em Campo

A gestão dos minutos de Arthur Cabral por parte da equipa técnica do Benfica tem sido um dos quebra-cabeças desta temporada.

Numa altura em que parecia ter conquistado uma vaga no ataque, foi remetido para o banco, passando de primeira para terceira e última opção.

Neste domingo, saiu do banco aos 59 minutos e aproveitou a oportunidade para se reivindicar com três remates, dois enquadrados e um golo – o quinto na Liga e o décimo em todas as provas.

Além disso, o avançado somou 14 passes recebidos, sete dos quais progressivos, 23 ações com a bola – cinco na área contrária, venceu três duelos, perdeu dois, acumulou três perdas de bola, três ações defensivas e duas conduções super progressivas.

O dianteiro canarinho foi o MVP com um GoalPoint Rating de 7.3.

Resumo

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