Buscas e detenções a 2 dias do arranque da Volta a Portugal. Já há um ciclista afastado

A Polícia Judiciária (PJ) realizou, nesta terça-feira, buscas “em locais ligados a equipas de ciclismo” no âmbito da operação ‘Prova Limpa’. Estão em causa suspeitas de doping que ensombram a 83.ª Volta a Portugal em bicicleta.

A PJ “realizou buscas em vários pontos do país, em simultâneo, em locais ligados a equipas de ciclismo, no âmbito da operação ‘Prova Limpa’“, refere à Lusa uma fonte ligada à investigação.

O objectivo principal é “a recolha de prova, nomeadamente de documentação e não a detenção de qualquer suspeito”, aponta ainda a mesma fonte.

As buscas acontecem a dois dias do arranque da 83.ª Volta a Portugal em bicicleta, que estará na estrada entre 4 e 15 de Agosto.

O Jornal de Notícias (JN) avança que as investigações da PJ incidem sobre “as equipas da Rádio Popular-Paredes-Boavista, Efapel e Glassdrive-Q8-Anicolor“.

A TSF acrescenta que o ciclista Francisco Campos já foi afastado pela Efapel no âmbito da operação policial.

No final de Abril, 10 corredores da W52-FC Porto foram constituídos arguidos e o director desportivo da equipa, Nuno Ribeiro, foi mesmo detido, assim como o seu adjunto, José Rodrigues, no decurso da operação ‘Prova Limpa’.

A investigação a cargo do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Porto envolve “um total de cerca de 120 elementos provenientes da Directoria do Norte e ainda das Directorias do Centro e do Sul, da Unidade Nacional de Combate à Corrupção e dos Departamentos de Investigação Criminal de Braga, Vila Real e Guarda”, contando “com a colaboração da ADoP [Autoridade Antidopagem de Portugal]”, revelou a PJ a 24 de Abril passado.

A Judiciária indicou ainda que “foram apreendidas diversas substâncias e instrumentos clínicos, usados no treino dos atletas e com impacto no seu rendimento desportivo”.

A União Ciclista Internacional (UCI) retirou, na semana passada, a licença desportiva à W52-FC Porto, depois de oito dos seus ciclistas, além de dois elementos do ‘staff’, terem sido suspensos preventivamente pela ADoP.

ZAP // Lusa

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