Buscas no Governo da Madeira. Miguel Albuquerque investigado por corrupção

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Paulo Novais / Lusa

Miguel Albuquerque

Decorrem mais de 100 buscas – não só na Madeira. Suspeitas de crimes à volta dos mais altos titulares de cargos públicos e políticos.

A Madeira está a ser “invadida” por agentes da Polícia Judiciária e do Ministério Público, nesta quarta-feira.

A CNN Portugal informa que estão a decorrer buscas na região autónoma, incluindo em departamentos do Governo regional.

E um dos alvos é mesmo o presidente da Região Autónoma da Madeira, Miguel Albuquerque. A sua casa também está a ser revistada.

Outro dos suspeitos é Pedro Calado, presidente da Câmara do Funchal (e apontado como o sucessor mais provável de Miguel Albuquerque).

Em causa, segundo a estação televisiva, estão suspeitas de corrupção e outros crimes associados que envolvem os mais altos titulares de cargos públicos e políticos na Madeira.

três processos na origem destas buscas, que contam com alguns suspeitos em comum, que se misturam entre os casos.

A venda da Quinta do Arco – conhecida como Quinta das Rosas – está no centro desta investigação.

Em 2017 Miguel Albuquerque vendeu essa quinta a um fundo imobiliário, por 3.5 milhões de euros. O espaço passou a ser arrendado ao grupo Pestana para exploração turística – em simultâneo com a renovação da concessão da zona franca da Madeira ao grupo Pestana.

O Ministério Público acredita que o presidente do Governo da Madeira faz parte desse fundo que comprou a quinta; e também suspeita que o valor da venda (3.5 milhões de euros) foi uma contrapartida paga em actos corruptivos.

Miguel Albuquerque – que é também conselheiro de Estado – é, assim, igualmente suspeito de promiscuidade com grupos económicos, incluindo uma relação suspeita com o grupo Pestana.

A concessão da zona franca da Madeira ao grupo Pestana, por ajuste direto, também terá sido ilegal, tendo violado o princípio da concorrência.

No meio destas suspeitas aparece Pedro Calado. O Ministério Público olha para o presidente da Câmara do Funchal como um suspeito de corrupção com o Grupo AFA, ligado à hotelaria, que estará a ser favorecido nas aprovações de licenciamento camarário, em troca de contrapartidas para o autarca.

No geral, entre diversos suspeitos e potenciais arguidos, há suspeitas de prevaricação, corrupção, participação económica em negócio e abuso do poder, entre outros.

Entretanto, a Câmara Municipal do Funchal confirmou que está a ser alvo de buscas e que está a colaborar com as autoridades.

Buscas no resto do país

A PJ está a efetuar cerca de 100 buscas na Madeira, nos Açores e em várias regiões do continente por suspeita de crimes de corrupção, participação económica em negócios, entre outros, disse à Lusa fonte ligada ao processo.

A mesma fonte indicou que as buscas na Madeira estão a decorrer “em várias áreas do Governo da Madeira e empresas”.

A mesma fonte adiantou que as buscas que decorrem em várias regiões do continente são essencialmente em empresas.

Questionada sobre se já há detidos nesta operação, a mesma fonte indicou que “ainda não”.

ZAP //

5 Comments

  1. Psd a ser ps com “democracia”
    NOVAMENTE NAO VOTEM NOS MESMOS DE SEMPRE!
    A corrupção está entranhada no parlamento e em todos os partidos novos ou velhos! Existe mais de 20 partidos em Portugal!

  2. O problema da política são mesmo os políticos e os seus ideais partidários, que só existem para se servirem a eles próprios, nunca para servir o país!

  3. Corrupção na Madeira??? Nunca… Nem em lado nenhum. Tudo falácias inventadas pela oposição, pelos do contra, pelos que impedem o progresso (das carreiras e carteiras dos políticos) do país!!!!! Dizer isto sem soltar um impropério ou rir! Desafio! dado

  4. Eleições a vista ………ainda bem que se começam a drenar alguns abscessos purulentos , espero só que não fiquem por rebentar com os muitos mais rabos de palha , que só prejudicam Portugal e os seus Contribuintes ! . É tempo de a Justiça vedar realmente os dois olhos !

  5. A Multinacional IKEA, necessita mandar fazer um ou mais móveis muito maior e acrescentar a corrupção está entranhada no parlamento, e não só.

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