As autoridades estão a investigar dois casos de homens que se fizeram passar por assessores de Marcelo Rebelo de Sousa. Os homens usavam o falso cargo para pedir contactos e dinheiro. O esquema dura há um ano.
O esquema que dura há um ano foi divulgado pelo jornal Expresso. De acordo com o jornal, as autoridades estão a investigar pelo menos dois casos de burla, nos quais o nome do Presidente da República foi utilizado para obter contactos em instituições e angaria dinheiro a empresários para alegados apoios sociais.
Um dos casos trata-se de um homem que utilizou o nome do assessor de Marcelo para contactar grandes empresas nacionais e pedir apoios alegadamente para as vítimas do incêndio de Pedrógão Grande.
Um dos empresários terá chegado mesmo a transferir mais de 30 mil euros para uma conta, avança o Correio da Manhã. A conta bancária, segundo o que foi apurado, pertence à mãe do burlão, que já foi identificado para ir prestar declarações.
O caso só foi descoberto depois de um dos empresários contactados ter ligado para a Presidência da República a pedir mais detalhes, tendo sido então informado de que a Presidência não promovia essa iniciativa.
O outro caso refere-se a um empresário de Coimbra ligado à confeção de pastelaria que contactou empresas do ramo, nomeadamente a Padaria Portuguesa para que esta aceitasse comprar um determinado produto a um fornecedor específico.
Depois de ter sido contactada duas vezes, a Padaria Portuguesa optou por contactar também a Presidência da República, tendo sido, igualmente, informada de que este não passava de um esquema fraudulento.
Segundo o Diário de Notícias, a Casa Civil da Presidência da República está há um ano à espera de uma resposta das autoridades.