Um recluso preso por burla numa cadeia de Lisboa conseguiu, a partir da prisão, criar um esquema fraudulento que lhe permitiu roubar 300 mil euros a proprietários de apartamentos em regime de ‘time sharing’ no Algarve e no Sul de Espanha.
O caso é divulgado pelo Correio da Manhã (CM) que destaca que o recluso de 49 anos conseguiu levar a cabo a burla com a ajuda da mulher, uma bielorrussa de 29 anos com quem casou já depois de estar detido, e graças a um telemóvel com ligação à Internet.
O esquema passava por contactar “proprietários de semanas de férias em regime de ‘time sharing’ em empreendimentos turísticos no Algarve e sul de Espanha”, salienta ao CM uma fonte da Divisão de Investigação Criminal da PSP de Lisboa.
Terá conseguido lesar, pelo menos, 11 pessoas, conseguindo averbar 300 mil euros através de uma empresa real, a Casual and Amazing Unipessoal que se dedica à promoção imobiliária e à administração de imóveis.
O recluso contactava as vítimas a partir da prisão e “dizia que tinha clientes ingleses interessados em comprar essas semanas de férias por valores muito acima do mercado”, explica a referida fonte ao CM.
“Depois pedia o pagamento de quantias diversas, justificando que eram custos do processo de transmissão da propriedade”, prometendo que “o valor seria devolvido no momento em que o negócio se concretizasse”. “Mesmo que a vítima desconfiasse, uma pesquisa pela empresa e o facto de ter contas em bancos levava a acreditar que o negócio era real“, salienta a dita fonte.
Só após os dois ou três primeiros depósitos é que “os problemas começavam”, quando “os telemóveis eram desligados e o suspeito literalmente desaparecia, uma vez que trocava os cartões dos aparelhos”, salienta a mesma fonte.