Jurista burla Infarmed em 11 mil euros com recibo de ordenado forjado

Funcionária pública terá apresentado ao Infarmed documentos a indicar que estava numa categoria remuneratória superior. Vencimento passou dos 1750 euros para 2231 euros mensais.

Uma jurista e funcionária pública na extinta Autoridade Metropolitana de Transportes do Porto (AMTP) terá elaborado um esquema para prosseguir na carreira com um salário superior àquele que tinha direito, avança o Correio da Manhã este domingo.

A arguida, de 55 anos — acusada de um crime de falsificação de documentos agravado e burla qualificada — desempenhava funções no departamento de recursos humanos e terá apresentado documentos a indicar que estava numa categoria remuneratória superior para obter ganhos.

Após transferência para novo serviço, apresentou os documentos que atestavam falsamente que se encontrava numa categoria superior a nível salarial e terá alterado efetivamente, graças ao acesso que reservava ao sistema informático, os valores do seu recibo de vencimento, de 1750 euros para 2231 euros mensais.

A documentação alterada forçadamente foi apresentada ao Infarmed e a arguida terá passado a receber o valor errado, inflacionado. A burla ultrapassará os 11 894 euros, quantia que recebeu indevidamente entre julho de 2015 e novembro de 2017.

A arguida terá inclusive apresentado queixa-crime contra desconhecidos por alegar que os documentos que o MP diz que forjou tinham sido da autoria por outra pessoa.

“Procurou enganar terceiras pessoas, designadamente funcionários do Infarmed, acerca do seu percurso no que diz respeito ao estatuto remuneratório. Pretendeu criar naquelas pessoas a convicção de que teria integrado a AMTP desde o início com um vencimento de 2231 euros”, lê-se, segundo o CM, na acusação do Ministério Público.

A arguida, que vai ser julgada no Tribunal de São João Novo, no Porto, já devolveu a este ponto mais de oito mil euros, mas terá ainda por pagar 3588 euros exigidos pelo MP.

ZAP //

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