Uma pessoa morreu nesta sexta-feira de madrugada, durante o quarto tiroteio em Bruxelas, na Bélgica, em apenas três dias. A situação estará relacionada com rivalidades entre traficantes de droga.
Este quarto tiroteio ocorreu no bairro de Peterbos, na zona de Anderlecht, na área metropolitana de Bruxelas, e resultou na morte de uma pessoa. Os tiros foram disparados por volta das 4 da manhã, de acordo com a imprensa belga.
Foi o terceiro tiroteio em três dias nesta zona da capital belga. O primeiro ocorreu na quarta-feira de manhã, pelas 6 horas, junto à estação de metro de Clémenceau, com dois suspeitos encapuzados a dispararem metralhadoras Kalashnikov.
Na madrugada seguinte, houve novo tiroteio junto a esta estação de metro por volta das 3:30, deixando uma pessoa ferida com gravidade.
O quarto tiroteio ocorreu também na noite de quarta para quinta-feira, em Saint-Josse-ten-Noode, a nordeste de Bruxelas, causando dois feridos.
Todos os tiroteios estarão relacionados com disputas entre traficantes de droga, e a situação está a ser encarada como preocupante pelas autoridades da Bélgica.
O novo “Batman” de Bruxelas
A Bélgica entrou numa “nova era da criminalidade”, com traficantes de droga que não se inibem de dispararem kalachnikov em espaços públicos, à vista de toda a gente.
Perante esta gangrena, o novo homem forte do Ministério Público de Bruxelas, Julien Moinil, tem ordens para “atacar os narcotraficantes”, como adianta o jornal belga La Derniére Heure.
O homem de 39 anos é descrito como “apaixonado e determinado”, e o jornal refere-se a ele como o “Batman” que vai pôr “Bruxelas em ordem”.
A situação já levou a reuniões de emergência entre os principais responsáveis do país, e o ministro do Interior, Bernard Quintin, anunciou que vai “colocar mais polícias no terreno, nomeadamente nas estações de metro”.
Quintin sublinhou ainda que é preciso reforçar os serviços da Polícia Judiciária Federal, uma unidade especializada na luta contra o crime organizado.
Já a ministra da Justiça, Annelies Verlinden, salientou que “é importante enviar um sinal: não deixamos a rua aos criminosos que criam um sentimento de insegurança“.
Verlinden sustentou ainda que é preciso trabalhar com outros países na luta contra o uso de armas ilegais. “Tornou-se demasiado fácil ter acesso a armas na Bélgica”, lamentou a ministra.
A UE tornou-se a maior anedota em termos de segurança, preocupam-se mais com a protecção de dados do que com a segurança dos cidadãos. Ainda têm o descaramento de publicar relatórios, depois temos disto ou como recentemente Amadora e Seixal.