O que se passa em Bruxelas? Três tiroteios em 24 horas com armas de guerra

Três tiroteios abalaram Bruxelas, o coração da União Europeia (UE), nas últimas horas. Não há mortos, mas os incidentes preocupam. Estarão ligados ao tráfico de droga e envolveram armas de guerra.

Uma pessoa ficou ferida na perna numa troca de tiros por volta das 3 horas da manhã (cerca de 2 horas em Lisboa), em Bruxelas, nas imediações da estação de metro de Clémenceau, na comuna belga de Anderlecht.

Poucas horas antes disso, tinha ocorrido outro tiroteio na mesma zona, com dois suspeitos a usarem espingardas automáticas “kalachnikov”, disparando várias vezes sem causarem feridos. Os dois suspeitos continuam a monte.

Há imagens das câmaras de videovigilância que mostram os suspeitos encapuzados, a dispararem vários tiros à entrada e no interior da estação de Clémenceau.

Um terceiro tiroteio ocorreu em Saint-Josse-ten-Noode, com duas pessoas feridas.

“Em 24 horas, contabilizámos três tiroteios: dois em Anderlecht e um em Saint-Josse-ten-Noode”, informa o Procurador do Ministério Público de Bruxelas, Julien Moinil, salientando que se trata, provavelmente, de incidentes relacionados com o tráfico de droga.

Moinil fala em “represálias para conquistar certos territórios“, e revela que foi encontrado “um impacto de bala no quarto de uma criança” numa rua ao lado onde foram disparados os tiros.

O Procurador sublinha, ainda, que isto é “totalmente inaceitável” e salienta que as autoridades estão a investigar.

Na quarta-feira, o presidente da Câmara de Anderlecht, Fabrice Cumps, apelou para o reforço da polícia na capital belga.

É necessária “uma mobilização geral para ocupar a zona e fazer com que os traficantes deixem de poder entrar”, declarou o socialista.

ZAP // Lusa

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