A CE impôs hoje uma multa de 110 milhões de euros à Facebook por proporcionar informação “incorreta ou enganosa” durante a investigação que iniciou em 2014 pela aquisição da aplicação móvel de mensagens WhatsApp.
O caso remonta a 2014, altura em que o Facebook comprou o serviço Whatsapp. A CE argumenta que quando a empresa notificou essa aquisição, informou a comissão de que não podia estabelecer de “maneira fiável” a conexão automatizada entre as contas dos utilizadores da Facebook e do WhatsApp.
Mas, em agosto de 2016, o WhatsApp anunciou uma atualização das condições e da política de confidencialidade, incluindo a possibilidade de associar números de telefone dos utilizadores do WhatsApp aos seus perfis de Facebook.
Em dezembro, a CE expôs à rede social a sua preocupação e identificou que, contrariamente ao que a empresa tinha declarado em 2014, a possibilidade técnica de associar as identidades dos utilizadores no Facebook e no WahtsApp já existia e que os empregados da rede estavam ao corrente desta possibilidade.
No entanto, o Facebook já afirmou que a empresa atuou “de boa-fé” e que os “erros” não foram “intencionais”.
“Atuámos de boa-fé desde o princípio das nossas interações com a CE e tratámos de proporcionar informação precisa em cada momento”, assegurou o porta-voz num comunicado.
O porta-voz adianta que “os erros” cometidos em 2014 nos pedidos à CE “não foram intencionais” e que “não afetaram o resultado da avaliação da aquisição“.
Falta agora saber se o Facebook vai aceitar esta decisão e pagar a multa ou recorrer da mesma nas entidades competentes.
ZAP // Lusa