Está a nascer um “bromance” entre Marcelo e o “lento e rural” Montenegro

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Miguel A. Lopes/Lusa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa (D), em audiência com o presidente do Partido Social Democrata (PSD), e líder da AD, Luís Montenegro (E), para o indigitar para primeiro-ministro.

O objectivo comum de evitar novas eleições e garantir a aprovação do Orçamento tem aproximado Marcelo e Montenegro, apesar do pequeno arrufo causado pelos comentários anteriores do Presidente.

O Governo está a passar uma imagem de tranquilidade perante a forte probabilidade de cair em breve e de haver novas eleições — e isto não é por acaso. Segundo informações apuradas pelo Público, a postura pública do Governo, aparentemente despreocupada com uma crise política iminente, visa evitar acusações de medo de eleições, ao invés de uma verdadeira intenção de convocá-las.

Esta postura do Governo tem criado uma aproximação entre o Presidente da República e o primeiro-ministro. Apesar de a relação entre Marcelo e Montenegro ainda não ser tão calorosa e informal como a que o Presidente teve em tempos com António Costa, há sinais de um crescente “bromance” entre Belém e São Bento.

Mesmo depois de o ter descrito anteriormente como “lento” e “rural”, Marcelo está a apoiar Montenegro e a tentar a todo o custo evitar uma nova crise política, a apenas um ano e meio do fim do seu mandato. Depois de já ter dissolvido duas vezes a Assembleia da República e os parlamentos regionais das ilhas, o chefe de Estado quer fazer de tudo para segurar o Governo atual.

A aprovação “prioritária” do Orçamento do Estado (OE) é outro ponto onde Marcelo tem estendido a mão a Montenegro, ao passar a batata quente para o Parlamento. O Presidente da República tem alertado para os riscos de uma nova “crise orçamental” a “consequência fatal para os fundos europeus” que um chumbo traria.

De acordo com um dirigente do PSD ouvido pelo Público, inicialmente pareceu haver “alguma falta de cumplicidade” entre os dois, mas era claro que este problema se iria “resolver com o tempo”. Os comentários no jantar com os jornalistas estrangeiros também foram apenas “Marcelo a ser Marcelo” e não receberam muita importância. “Conhecemos estas coisas dele, aquilo não tem intenções políticas, é um estilo mais informal que se adapta a toda a gente”, refere a fonte

Nos últimos eventos públicos, como as comemorações do 10 de Junho na Suíça e a visita à feira da Agricultura de Santarém, observou-se uma crescente cumplicidade entre Marcelo e Montenegro, com ambos a fazer votos de “mais viagens em conjunto”. Resta-nos saber se estas promessas de mais visitas a dois vão sobreviver ao fantasma de uma nova crise política.

Adriana Peixoto, ZAP //

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9 Comments

  1. A esquerdalhada está toda rota. Está a pagar as porcarias e ingovernações de oito anos malditos, É tempo de reparar alguns desses malefícios, para ben do povo e do país. Quem se aventurar a afrontar uma serenidade e determinação governativa, pagará bem pago.

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  2. A esquerdalhada está um caos e muito chorosa. O povo virou-lhe as costas, porque viu a miséria aonde estava a cair.
    Amanhã, vai haver uma reunião entre o Bloco de Esquerda e o Livre, para afinar estratégias para assaltar o poder.

  3. Vc já se deve ter “esquecido” das governanças do Cherne, do Santana, do Passos e do Cavaco… Lindas de morrer onde tudo foi por água abaixo. E fique tranquilo porque não pertenço à “esquerdalhada”. Sou ateu partidário.

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  4. É verdade! O interessante é ser a direita a pregar e defender a Liberdade e democracia. A Esquerda passou a ser o braço armado dos ditadores. Dúvidas? Olhem como a nível internacional os ditadores se junta: Putin, China, Coreia do Norte, Irão, e mais uns quantos de África e América Latina. Hoje ser esquerda é alinha pela censura, ditadura e exploração do povo pelo próprios governantes. Na minha juventude isso não acontecia, mas já se previam esses resultados quando a Esquerda apoiava a URSS e a China e Pol Pot.

  5. Pode desesperar à vontade.
    A Esquerda já está do lado errado da História. Não adianta inventar desculpas esfarrapadas …
    Ao contrário, a Direita já tem a juventude e os mais lúcidos a defender os valores conservadores, democráticos e a Liberdade.

  6. Cavaco Silva foi só o melhor primeiro-ministro de Portugal em cinquenta anos de Democracia, em que o país só tinha caminhos de carros de bois, e passou a erguer-se no conserto das nações civilizadas.

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