A Bósnia fechou, esta quarta-feira, um campo de refugiados, montado num local onde antes funcionava um aterro de lixo, que não tem água potável nem eletricidade.
As autoridades bósnias fecharam esta quarta-feira um campo acolhimento de migrantes improvisado, perto da fronteira com a Croácia, onde a comunidade internacional denunciou condições de vida deploráveis, transferindo centenas de pessoas para Sarajevo, segundo uma fonte policial.
O campo, aberto em junho perto de Bihac, no noroeste da Bósnia-Herzegovina, sobre o local onde antes funcionava um aterro de lixo e perto de terrenos minados durante a guerra dos anos 90, não tem água potável nem eletricidade e os migrantes viviam em tendas em condições deploráveis.
“No total, 770 pessoas foram transferidas para Sarajevo, a bordo de 15 autocarros”, disse Ale Siljdedic, porta-voz da polícia de Bihac, à agência France-Presse. Segundo a mesma fonte, os serviços municipais e a Cruz Vermelha vão desmontar as tendas durante o dia de hoje e proceder depois à limpeza do terreno.
O campo foi particularmente criticado por Bruxelas que financia a operação de vários centros de migrantes administrados na Bósnia pela Organização Internacional das Migrações (OIM).
No passado dia 3 de dezembro, o Conselho da Europa voltou a exigir a evacuação urgente do campo de refugiados de Vucjak, alertando que as centenas de pessoas que viviam no local em situação precária podiam morrer devido ao frio.
Sob pressão internacional, à medida que as temperaturas baixavam, as autoridades decidiram abrir um novo campo num antigo quartel em Blazuj, perto de Sarajevo. Os refugiados são principalmente jovens de países da Ásia e do norte da África.
De acordo com Ale Siljdedic, atualmente cerca de 3.200 migrantes estão em quatro campos geridos pela OIM na cidade de Bihac, próxima da fronteira croata. Milhares vivem fora dos campos, em residências particulares ou em casas e prédios abandonados.
ZAP // Lusa