Comissão eleitoral rejeitou a sua candidatura. Nadezhdin ainda vai recorrer – mas nada deve adiantar. Eleições daqui a um mês.
A Comissão Eleitoral russa rejeitou a candidatura de Boris Nadezhdin às eleições presidenciais da Rússia, disse hoje o único candidato que se opõe frontalmente a Vladimir Putin e que tenciona recorrer.
“Participar nas eleições presidenciais de 2024 é a decisão política mais importante da minha vida. Não vou voltar atrás nas minhas intenções. Vou recorrer da decisão da Comissão Eleitoral para o Supremo Tribunal”, afirmou Nadezhdin através das redes sociais.
A Comissão Central de Eleições russa já tinha apontado erros à candidatura presidencial de Boris Nadezhdin – que apresentou um documento com mais de 200 mil assinaturas, quando o mínimo exigido são 100 mil.
A entidade alegou que há assinaturas de pessoas mortas: “Quando vemos dezenas de pessoas que já não estão neste mundo e que assinaram, surge então a questão dos padrões éticos utilizados (…) em particular pelo candidato”, declarou o vice-presidente da Comissão Eleitoral russa, Nikolai Bulaev.
“Vocês e eu estamos mais vivos do que qualquer outra pessoa”, escreveu ironicamente no Telegram, publicando também várias fotos de pessoas, em fila, para apoiar a sua candidatura.
Nadejdine, 60 anos, natural da ex-república soviética do Uzbequistão, formado em Matemática e Física, e antigo membro do Parlamento (Duma) entre 1999 e 2003, opõe-se à atual intervenção militar da Rússia contra a Ucrânia.
Boris Nadezhdin é quase um veterano da política russa, mas graças à sua mensagem contra Vladimir Putin e a guerra na Ucrânia a sua candidatura às eleições presidenciais vem reunindo apoios e gerando entusiasmo popular.
Em dezembro de 1999, foi eleito para a Duma Estatal pela União das Forças de Direita, uma formação em que militavam Nemtsov, a atual mulher de negócios Irina Khakamada, bem como personalidades hoje leais ao Kremlin, casos de Anatoli Chubais e Serguei Kirienko.
Em 2003, não conseguiu ser reeleito para a Duma Estatal e, como o próprio diz, assumiu a oposição a Putin, após a prisão do oligarca Mikhail Khodorkovsky.
Hoje, destaca-se dos demais candidatos por considerar necessária a saída de Putin da Presidência russa (além da oposição à guerra), que afirma estar a conduzir o país ao “isolamento, autoritarismo e militarização”. “A minha tarefa é travar o deslize da Rússia nessa direção”, afirmou.
As eleições presidenciais na Rússia realizam-se de 15 a 17 de março.
ZAP // Lusa
O único “Adversário” que Putin consentiria , seria un Boneco insuflável !
O Anão Vermelho pensa que é imortal, mas não terá muitos mais anos de vida. É aguentar mais um tempo e ainda veremos a Federação Russa transformar-se dolorosamente em República Russa….infelizmente com muito sangue! Quanto maior é a ação maior é a reação.