Boris e ministro das Finanças entre os multados por festas em Downing Street

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Rishi Sunak e Boris Jonhson.

Rishi Sunak (E) e Boris Johnson (D).

Boris Johnson e Rishi Sunak foram notificados de que serão multados por terem realizado festas em Downing Street durante o confinamento.

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, foi hoje notificado pela Polícia Metropolitana de Londres que será multado por infrações às normas de contenção da covid-19 depois da realização de festas em Downing Street durante a pandemia.

“O primeiro-ministro e o ministro das Finanças [Rishi Sunak] receberam hoje uma notificação de que a polícia pretende emitir multas”, afirmou uma porta-voz de Downing Street, citada pela agência France-Presse (AFP).

Carrie Johnson, mulher do primeiro-ministro, também foi multada pela polícia britânica.

A Polícia Metropolitana de Londres, que está a investigar pelo menos 12 “festas” alegadamente ilegais que ocorreram em edifícios governamentais em 2020 e 2021, diz que “continua a investigar o assunto com urgência” e não exclui a possibilidade de impor mais sanções nas próximas semanas.

A força policial anunciou esta manhã que emitiu até agora mais de 50 multas a funcionários do Governo britânico devido à realização destas festas.

A lista de sancionados inclui mais de 30 pessoas, cujas identidades não serão reveladas publicamente para as proteger e salvaguardar a investigação em curso. A primeira lista de sancionados, divulgada no dia 29 de março, continha outros 20 nomes.

O líder do Partido Trabalhista, Keir Starmer, exigiu a demissão do primeiro-ministro e do ministro das Finanças.

“Boris Johnson e Rishi Sunak violaram a lei e mentiram repetidamente à população britânica. Têm ambos de se demitir”, disse Starmer, em comunicado.

O primeiro-ministro britânico pediu “desculpas sinceras” por ter participado na festa nos jardins da residência oficial em Downing Street em 2020.

“Quando entrei naquele jardim logo após as 18:00 do dia 20 de maio de 2020 para agradecer a grupos de funcionários antes de voltar para o meu escritório 25 minutos depois para continuar a trabalhar, acreditei que este era um evento de trabalho. Mas, em retrospetiva, eu deveria ter mandado todos de volta para dentro”, reconheceu Johnson.

Na altura, também o líder do Partido Nacional Escocês (SNP), Ian Blackford, disse que “se o primeiro-ministro não tem nenhum sentimento de vergonha, os deputados conservadores deviam agir para o remover”.

ZAP // Lusa

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