A Booking e outras agências do mesmo grupo deixaram de vender voos da Ryanair. A medida deverá ter impacto não só no volume de vendas da empresa, tornando os voos mais baratos. Nos últimos tempos, a Ryanair tem tido problemas com este tipo de agências, que a acusam de monopolizar o mercado e de não permitir aos clientes uma escolha livre e justa.
Desde dezembro que a Booking.com deixou de vender os serviços da Ryanair.
O anúncio foi feito esta quarta-feira, através de um comunicado da companhia aérea irlandesa.
Se, por um lado, se prevê a queda drástica da venda de voos, nos próximos meses; por outro (e como consequência disso), os preços dos voos deverão baixar.
Prevê-se também que haja agora um crescimento das compras dos voos diretamente através do site da empresa – cumprindo-se o desejo da Ryanair.
Ryanair conseguiu o que queria?
A “guerra” entre a Ryanair e a as agências de reservas online já é antiga.
Como explica a Bloomberg, não se sabe, até ao momento, a razão pela qual as agências decidiram cortar com a Ryanair.
Sabe-se, no entanto, que a empresa irlandesa é frequentemente acusada de “abusar” do poder de mercado para manipular os serviços das agências, não permitindo aos aos clientes uma escolha livre e justa.
Por sua vez, a companhia aérea também tem queixas para com os serviços de reservas: nomeadamente, por cobrarem preços considerados excessivos pelos voos. Por este motivo, a empresa encoraja os passageiros a fazer as reservas diretamente através do site da companhia, onde as tarifas são mais baixas.
A Ryanair refere no comunicado que não espera que este cenário “afete de modo relevante” o tráfego de 2024, já que estes bilhetes representam apenas uma “pequena parcela” das reservas.