O rebentamento de vários petardos e a invasão da escadaria da Assembleia da República marcaram o início da manifestação dos bombeiros sapadores, que protestaram, ao início da tarde desta quarta-feira, em frente ao Parlamento.
Em busca de uma regulamentação do horário de trabalho, pela reforma aos 50 anos, por um regime de avaliação específico, entre outras condições de trabalho, centenas bombeiros sapadores protestaram, ao início da tarde desta quarta-feita, em frente à Assembleia da República.
Mas a manifestação descontrolou-se e nem com reforço policial foi possível ter mão.
Os centenas de bombeiros fardados invadiram a escadaria da Assembleia da República, ao início da tarde desta quarta-feira, em Lisboa.
Ao fundo da escadaria, outros incendiaram vários pneus e queimaram um fato de trabalho dos bombeiros.
Antes, o rebentamento de vários petardos já tinha marcado o início de um protesto ruidoso – que começou ao meio-dia com latas de fumo e ao som de heavy metal e rock n’roll.
Só depois, cerca de 20 minutos depois do início da manifestação, alguns bombeiros, fardados, forçaram a subida da escadaria da Assembleia da República.
Apesar da ordem policial para descerem, os bombeiros continuaram a formar e a libertar fumos de foguetes, acabando por se sentar nos degraus.
Bombeiros muito bem!!!
Muito orgulho dos nossos soldados da paz, verdadeiros super-heróis sem capa! pic.twitter.com/KjOIyev6JM
— ROSNADOR (@ANUBIS_PORTUGAL) October 2, 2024
Às 12h30 cantaram o hino nacional, depois de terem gritado uma única palavra de ordem: “Sapadores”.
Às 13h20, um caixão branco foi levado em braços para a porta do parlamento enquanto os manifestantes gritavam a palavra “vergonha”, responsabilizando os decisores políticos pela situação da classe.
O que dizem os bombeiros sapadores às políticas de PS e PSD?
“VERGONHA”
7.03€ mês de subsidio de risco!
A vossa luta é a nossa luta! pic.twitter.com/MneIl9rtjy
— Ricardo Reis (@OReis99) October 2, 2024
À frente das centenas de sapadores fardados, um grupo de manifestantes envergava t-shirts negras com a inscrição “Sapadores em Luta”.
Uma cruz de Cristo e tarjas com frases como “bombeiros sapadores em luta. Esqueceram-se de nós!… outra vez…” ou “sabes quem vai salvar o teu filho” estavam colocadas à frente do protesto.
Está ali uma cena a arder e eles todos ali a protestar. São bombeiros e não apagam aquilo, o q demonstra baixa produtividade…
Montenegro irá alegar isto para nem se mexer. #AçordaPortugal pic.twitter.com/5vq9ceEd7N— Maçordaria (@macordaria) October 2, 2024
À Lusa, o presidente do Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores, Ricardo Cunha, afirmou que esta forma de protesto não estava prevista.
Sindicato culpa Governo por excessos
O sindicato dos bombeiros sapadores responsabilizou o Governo pelos protestos diante do parlamento ter ido além do que estava autorizado, com centenas de manifestantes a invadirem a escadaria e a obrigarem à intervenção da polícia.
“Sei que eles têm razão nos protestos, o que motivou isto foi o senhor secretário de Estado ter marcado uma reunião e, no fim, voltou a dizer que não tinha nada para apresentar”, afirmou o presidente.
“Qualquer pessoa normal devia perceber que não podemos faltar à verdade aos bombeiros… Se já andam revoltados, a probabilidade de isto acontecer era muito elevada. O culpado disto tudo acaba por ser o Governo”, acrescentou.
Ricardo Cunha assumiu que o protesto “foi além do que estava legalizado” e confessou não saber quais possam ser as repercussões para os bombeiros, anunciando que a direção do sindicato vai reunir-se “para perceber o que correu mal”.
ZAP // Lusa
Se os elementos dos Bombeiros Sapadores não estão satisfeitos com aquilo que os Portugueses lhes podem pagar devem mudar de profissão, terminem o vosso vínculo laboral com o Estado e tentem a sorte no privado, procurem um novo emprego que vos satisfaça e realize a nível salarial e profissional; é isso que fazem os Portugueses quando o emprego que têm não corresponde à suas expectativas.
É preciso obrigar os elementos dos Bombeiros Sapadores a declarar se pertencem à Maçonaria ou a outras sociedades secretas (Jesuítas, Opus Dei, etc.), depois de identificados terão de sair, os sindicatos proibidos assim como toda e qualquer actividade sindical.