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Descobertas bolhas de oxigénio em estromatólitos com 1,6 mil milhões de anos

(dr) Stefan Bengtson

Uma equipa internacional de paleontologistas, liderada pelo Museu Sueco de História Natural, descobriu estromatólitos que contêm bolhas de oxigénio.

Uma equipa internacional de paleontologistas, liderada pelo Museu Sueco de História Natural, descobriu estromatólitos com 1,6 mil milhões de ano. No entanto, a descoberta não se fica por aqui.

Além da idade, os cientistas descobriram que estas estruturas sólidas de origem biológica, encontradas em Chitrakoot, na Índia, contêm bolhas de oxigénio.

“Os micróbios foram as primeiras formas de vida existentes na Terra”, disse o autor principal do artigo científico Therese Sallstedt, do Departamento de Paleobiologia do Museu Sueco de História Natural.

“Transformaram o nosso planeta num ambiente tolerável quer para plantas, quer para animais e, portanto, a sua atividade abriu caminho para a vida como a conhecemos hoje”, continuou Sallstedt.

O autor principal do estudo, que irá ser publicado na edição de março da Geobiology, adiantou que as cianobactérias foram um dos primeiros micróbios existentes na Terra. “As cianobactérias produziam oxigénio através da fotossíntese e, por vezes, o oxigénio ficava preso numa espécie de bolhas”, explicou o investigador.

Segundo o Sci-News, a equipa de Sallstedt estudou sedimentos fossilizados da Índia central e encontrou esferas redondas nas esteiras microbianas das cianobactérias. Essas “bolhas” foram criadas por minúsculos micróbios em águas rasas.

“Achamos que são bolhas de oxigénio criadas em biomas de cianobactérias em águas rasas, há 1,6 mil milhões de anos atrás”, disse Sallstedt.

As cianobactérias eram responsáveis por oxigenar a atmosfera. Simultaneamente, e ao longo do tempo, construíram estromatólitos, que ainda existem na Terra atualmente.

Agora, e depois desta descoberta, os paleontologistas estão convencidos de que as cianobactérias desempenharam um papel ainda maior do que se acreditava anteriormente, nomeadamente na criação de fosforite em águas rasas.

“As cianobactérias permitiram aos cientistas de hoje uma janela única para os ecossistemas antigos”, concluiu Therese Sallstedt.

ZAP //

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