Biofluorescência documentada pela primeira vez em diabos da Tasmânia

TheToledoZoo / Facebook

Especialistas do Zoológico de Toledo, no estado de Ohio, nos EUA, documentaram pela primeira vez biofluorescência em diabos da Tasmânia (Sarcophilus harrisii). 

O zoo deu conta do caso através de uma fotografia publicada na sua página oficial de Facebook, na qual se pode ver que as orelhas, os olhos e parte do nariz e das presas do animal brilham no escuro devido à biofluorescência, um fenómeno que consiste na capacidade de um organismo absorver luz e voltar a emiti-la numa cor diferente.

“A pele em torno do focinho, olhos e ouvido interno [do animal] absorve luz ultravioleta (que é bastante abundante naturalmente, mas invisível ao olho Humano) e volta a emiti-la como luz azul visível“, explica a instituição na mesma publicação.

“Não está claro se se trata de algum propósito ecológico ou se é apenas um acaso”.

https://www.facebook.com/TheToledoZoo/photos/a.254853836646/10157892520646647

 

Devido aos hábitos maioritariamente noturnos desta espécie, é possível que esta não encontre níveis ultravioleta que induzam a sua fluorescência na natureza, escreve o zoo, detalhando ainda que tanto o demónio da Tasmânia como as espécies com as quais interage – incluindo predadores e presas – podem não ser capazes de detetar esta mesma luz ultravioleta ou a fluorescência resultante.

Na mesma nota, a instituição destaca que mesmo que este fenómeno ocorra naturalmente e seja detetável por uma determinada espécie, seria também necessário que influenciasse o comportamento do seu portador para ser considerada uma “adaptação funcional”.

Por tudo isto, o zoo frisa que é preciso ter cuidado a interpretar o caso.

O zoo de Toledo recorda ainda que este fenómeno particular foi recentemente descoberto noutros mamíferos australianos, como o ornitorrinco ou o wombat. “Embora os motivos (ou a falta deste) da biofluorescência em mamíferos ainda não tenham sido determinados, é interessante especular [soobre o assunto], remata.

ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.