Michael Reynolds/EPA

Joe Biden
Novo livro lança novidades sobre o seu estado físico e mental. Havia dois Joe Biden – e a sua comitiva nunca sabia quem ia surgir.
Foi um dos assuntos que dominaram o primeiro semestre de 2024 nos EUA, em ano de eleições presidenciais: Joe Biden estava bem?
Aos 81 anos, o então presidente dos EUA paralisou, “congelou”, em aparições públicas; noutras parecia desorientado, sem saber para onde ir ou o que fazer.
Havia momentos de confusão visual, trocas e hesitações claras no discurso – algo que foi essencial num debate com Donald Trump, que acabaria por ser essencial na sua desistência a novo mandato na Casa Branca.
Só para lembrar um exemplo:
Why isn’t Biden moving? pic.twitter.com/DA78820xcd
— RNC Research (@RNCResearch) June 11, 2024
Original Sin
Agora, surge um livro sobre como estava realmente Joe Biden quando ainda era presidente dos EUA (e não só).
E, afinal, o seu estado físico e mental era muito pior do que se pensava; ou do que a Casa Branca queria transmitir.
O livro Original Sin (pecado original) ainda nem foi lançado e já atingiu os EUA como uma “bomba”, descreve a ARD.
A investigação foi feita por dois jornalistas: Jake Tapper, da CNN, e Alex Thompson, do Axios. Foram mais de 200 entrevistas com democratas e pessoas próximas de Biden.
Houve dois Joe Biden durante o seu mandato.
O ex-presidente em momentos estava bem, com tudo controlado. Era um primeiro Biden.
Mas noutros momentos “já não funcionava, já não sabia os nomes de pessoas próximas, muitas vezes parecia confuso e de uma forma alarmante. E este segundo Biden emergia cada vez mais”.
A certa altura, até as pessoas próximas de Biden, que tratavam da sua campanha, não sabiam que Biden iria aparecer no palco, ou em frente às câmaras.
Exemplo: quando esteve com George Clooney, actor muito conhecido e seu amigo de longa data, Joe Biden nem o conheceu.
A comitiva de Biden tentou encobrir o que estava a acontecer. A comunicação social dos EUA poderia ter ido mais longe, admite o próprio Jake Tapper, um dos autores do livro.
Mas há outro alerta central, como salienta a revista The Atlantic: as “paralisações mentais” de Biden podem ter começado ainda antes de tomar posse, em 2021.
“Se isso for verdade, os americanos, sem querer, votaram e foram liderados por um presidente que não estava à altura do cargo – uma situação que alguns fiéis de Biden pareciam empenhados em esconder”, lê-se na The Atlantic, que no entanto avisa que os jornalistas autores do livro não dizem isso abertamente, num cuidado propositado.
Como lidar
O Partido Democrata parece não saber muito bem como lidar com esta situação.
O democrata Jim Cyborn já foi questionado sobre este assunto e disse que não faz ideia do que se trata, porque não é médico.
O líder da minoria democrata na Câmara, Hakeem Jeffries, comentou apenas: “Não estamos a olhar para trás, só para a frente”.
A ideia no Partido Democrata é não falar sobre Joe Biden, basicamente.
Biden continua a dizer que não desistiu da corrida presidencial por motivos de saúde; desistiu porque não queria uma divisão entre os democratas e porque quis colocar o país acima dos seus interesses pessoais.
O consultor político democrata David Axelrod avisou na rádio NPR que, se Biden continua a aparecer na televisão (como continua a fazer), só vai haver desvantagens: “As pessoas que deram maus conselhos a Biden continuam a dar-lhe maus conselhos. Ele não está a fazer nenhum favor a si mesmo, ao partido ou ao país”.
Ou seja, e voltando à análise da The Atlantic, há uma possibilidade que agora se levanta: é possível que a última vez que os EUA tiveram um presidente capaz de exercer o cargo foi Barack Obama.
Então a América e o Mundo estão feitos.! Se havia dois Biden agora são três Trump, um de manhã, outro pela tarde e outro pela noite.
E há o princípio da incerteza do dia seguinte.
Nada a ver. O próprio Trump disse em debate com o Biden que não tinha percebido nada do que ele teria dito, porque a tarefa do Biden era criticar o Trump e até isso se esqueceu de fazer. O Biden nem se lembra de ter dado os perdões à família e ao Fauci. Com jeitinho todos os decretos e ordens que assinou foi a auto pen que os carimbou. Ele próprio dizia que não tinha assinado um sem número de documentos onde surge a assinatura dele… Mas nem sabem por que razão criticam o Trump… Enfim, a cs a trabalhar na desinformação