Caiu como “bomba” nos EUA: Biden estaria muito pior do que se pensava (e ainda antes de ser presidente)

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Michael Reynolds/EPA

Joe Biden

Novo livro lança novidades sobre o seu estado físico e mental. Havia dois Joe Biden – e a sua comitiva nunca sabia quem ia surgir.

Foi um dos assuntos que dominaram o primeiro semestre de 2024 nos EUA, em ano de eleições presidenciais: Joe Biden estava bem?

Aos 81 anos, o então presidente dos EUA paralisou, “congelou”, em aparições públicas; noutras parecia desorientado, sem saber para onde ir ou o que fazer.

Havia momentos de confusão visual, trocas e hesitações claras no discurso – algo que foi essencial num debate com Donald Trump, que acabaria por ser essencial na sua desistência a novo mandato na Casa Branca.

Só para lembrar um exemplo:

Original Sin

Agora, surge um livro sobre como estava realmente Joe Biden quando ainda era presidente dos EUA (e não só).

E, afinal, o seu estado físico e mental era muito pior do que se pensava; ou do que a Casa Branca queria transmitir.

O livro Original Sin (pecado original) ainda nem foi lançado e já atingiu os EUA como uma “bomba”, descreve a ARD.

A investigação foi feita por dois jornalistas: Jake Tapper, da CNN, e Alex Thompson, do Axios. Foram mais de 200 entrevistas com democratas e pessoas próximas de Biden.

Houve dois Joe Biden durante o seu mandato.

O ex-presidente em momentos estava bem, com tudo controlado. Era um primeiro Biden.

Mas noutros momentos “já não funcionava, já não sabia os nomes de pessoas próximas, muitas vezes parecia confuso e de uma forma alarmante. E este segundo Biden emergia cada vez mais”.

A certa altura, até as pessoas próximas de Biden, que tratavam da sua campanha, não sabiam que Biden iria aparecer no palco, ou em frente às câmaras.

Exemplo: quando esteve com George Clooney, actor muito conhecido e seu amigo de longa data, Joe Biden nem o conheceu.

A comitiva de Biden tentou encobrir o que estava a acontecer. A comunicação social dos EUA poderia ter ido mais longe, admite o próprio Jake Tapper, um dos autores do livro.

Mas há outro alerta central, como salienta a revista The Atlantic: as “paralisações mentais” de Biden podem ter começado ainda antes de tomar posse, em 2021.

“Se isso for verdade, os americanos, sem querer, votaram e foram liderados por um presidente que não estava à altura do cargo – uma situação que alguns fiéis de Biden pareciam empenhados em esconder”, lê-se na The Atlantic, que no entanto avisa que os jornalistas autores do livro não dizem isso abertamente, num cuidado propositado.

Como lidar

O Partido Democrata parece não saber muito bem como lidar com esta situação.

O democrata Jim Cyborn já foi questionado sobre este assunto e disse que não faz ideia do que se trata, porque não é médico.

O líder da minoria democrata na Câmara, Hakeem Jeffries, comentou apenas: “Não estamos a olhar para trás, só para a frente”.

A ideia no Partido Democrata é não falar sobre Joe Biden, basicamente.

Biden continua a dizer que não desistiu da corrida presidencial por motivos de saúde; desistiu porque não queria uma divisão entre os democratas e porque quis colocar o país acima dos seus interesses pessoais.

O consultor político democrata David Axelrod avisou na rádio NPR que, se Biden continua a aparecer na televisão (como continua a fazer), só vai haver desvantagens: “As pessoas que deram maus conselhos a Biden continuam a dar-lhe maus conselhos. Ele não está a fazer nenhum favor a si mesmo, ao partido ou ao país”.

Ou seja, e voltando à análise da The Atlantic, há uma possibilidade que agora se levanta: é possível que a última vez que os EUA tiveram um presidente capaz de exercer o cargo foi Barack Obama.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

2 Comments

  1. Então a América e o Mundo estão feitos.! Se havia dois Biden agora são três Trump, um de manhã, outro pela tarde e outro pela noite.
    E há o princípio da incerteza do dia seguinte.

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    • Nada a ver. O próprio Trump disse em debate com o Biden que não tinha percebido nada do que ele teria dito, porque a tarefa do Biden era criticar o Trump e até isso se esqueceu de fazer. O Biden nem se lembra de ter dado os perdões à família e ao Fauci. Com jeitinho todos os decretos e ordens que assinou foi a auto pen que os carimbou. Ele próprio dizia que não tinha assinado um sem número de documentos onde surge a assinatura dele… Mas nem sabem por que razão criticam o Trump… Enfim, a cs a trabalhar na desinformação

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