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Biden assina ordem executiva para regular e examinar riscos das criptomoedas

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Oliver Contreras / EPA

Joe Biden, Presidente dos Estados Unidos

A decisão surge pouco depois de ter sido noticiado que a Rússia estaria a usar as moedas digitais para escapar ao impacto das sanções.

Na quarta-feira, Joe Biden assinou uma ordem executiva que regula a fiscalização governamental das criptomoedas e apela à Reserva Federal que explore a possibilidade do Banco Central criar a sua própria moeda digital.

A administração Biden encara a explosão de popularidade das criptomoedas como uma oportunidade para examinar os riscos e benefícios das moedas digitais. Biden ordenou assim ao Departamento do Tesouro e outras agências federais que estudem o impacto das criptomoedas na estabilidade financeira e na segurança nacional.

Brian Deese e Jake Sullivan, os principais conselheiros de Biden para a economia e a segurança nacional, respectivamente, consideram que a ordem cria a primeira estratégia federal detalhada relativa às criptomoedas.

“Isso vai ajudar a posicionar os Estados Unidos que devem ter um papel de liderança na inovação e governação do ecossistema de bens digitais em casa e no estrangeiro, de uma forma que protege os consumidores, é consistente com os nossos valores democráticos e avança a competitividade global dos EUA”, afirmam num comunicado.

Esta ordem surge depois de ter sido noticiado que, dado o anonimato que é oferecido, os bancos e oligarcas russos estariam a recorrer às criptomoedas para escaparem às sanções que o Ocidente tem imposto depois do início da guerra na Ucrânia.

Os Senadores Democratas Mark Warner, Elizabeth Warren e Jack Reed apelaram na semana passada a que o Departamento do Tesouro começasse a pensar em estratégias para evitar que as criptomoedas sejam usadas para este fim.

A Casa Branca já argumentou que as criptomoedas não serão suficientes para a Rússia colmatar o impacto das sanções.

Esta ordem executiva estava a gerar expectativa na indústria financeira visto que as moedas digitais ainda são muito pouco reguladas e voláteis, com denúncias de que estão a ser usadas para a lavagem de dinheiro.

A Reserva Federal avançou em Janeiro que as criptomoedas serviriam mais os interesses do país através de um modelo em que os bancos e as empresas de pagamentos criem carteiras digitais.

Adriana Peixoto, ZAP //

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