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Benfica 3-4 Santa Clara | “Águia” perde jogo louco

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Manuel De Almeida / Lusa POOL

Surpresa no Estádio da Luz. O Benfica recebeu o Santa Clara e perdeu por 4-3, num jogo louco. A formação da casa teve sempre mais bola, atacou muito, mas mal, enquanto os açorianos aproveitaram da melhor forma os erros defensivos contrários para irem marcando, num jogo de grande alternância no marcador.

Facturaram primeiro os forasteiros, ainda na primeira parte, o Benfica empatou, o Santa Clara recolocou-se a vencer (2-1), antes de Carlos Vinícius bisar e dar a volta para as “águias”. Contudo, até final, os visitantes marcaram por 2 vezes, a última das quais já nos descontos, e ditaram mais uma derrota para a equipa de Bruno Lage, a terceira em casa.

O jogo explicado em números

  • Haris Seferovic foi a grande novidade nos titulares do Benfica para esta partida, aproveitando a boa entrada do suíço no último jogo, em Vila do Conde. Porém, a primeira situação de perigo pertenceu ao Santa Clara, com Odysseas Vlachodimos a negar o golo a Thiago Santana, aos 13 minutos, com uma grande intervenção.
  • Ainda assim, o Benfica mandou na partida nos primeiros 15 minutos com 64% de posse de bola e três remates, mas nenhum enquadrado. Os açorianos tinham um disparo com boa direcção, em dois, mas pecavam no passe, com 57% de eficácia. Assim era fácil para as “águias” manterem a bola em seu poder, e Marco, com duas belas intervenções, evitou golos de Julian Weigl e Nuno Tavares (19′).
  • O jogo estava um pouco confuso, mantendo, contudo, o domínio “encarnado”. À meia-hora a posse situava-se nos 63%, com seis remates para os homens da casa, dois enquadrados, e com a formação de Bruno Lage a ganhar a maioria dos duelos individuais (63%). Em contraponto, o Santa Clara ia realizando contra-ataques perigosos e já registava nesta fase três cantos, contra nenhum do Benfica.
  • Aos 39 minutos, um belo lance ofensivo do Benfica, com Taarabt a isolar Rafa Silva na grande área, mas Marco, uma das figuras desta primeira parte, fez a mancha e evitou o golo quase certo do extremo benfiquista. Mas as redes abanariam do outro lado. Aos 44 minutos, Nuno Tavares perdeu a bola para Anderson Carvalho e este, veloz, atirou a contar para o 1-0. Ao quarto remate, segundo enquadrado, o Santa Clara colocava-se na frente.
  • Surpresa na Luz, ou nem tanto assim, pelo desenrolar dos acontecimentos. O Benfica teve mais bola, rematou mais, esteve melhor nos duelos, mas afunilou sempre muito o jogo, pelo que o Santa Clara conseguiu algumas recuperações em zona frontal para lançar rápidos contra-golpes. E acabou por marcar num erro defensivo benfiquista. Ainda assim, as “águias” causaram algum perigo, ao ponto de Marco Pereira ter sido o melhor da primeira parte, com um GoalPoint Rating de 6.8. O guarda-redes realizou três defesas, uma delas a remate que se dirigia para um ângulo superior da sua baliza. Adel Taarabt ia mostrando serviço do lado benfiquista, com uma ocasião flagrante criada e quatro dribles certos (100%).
  • A reacção benfiquista no segundo tempo foi rápida, com, o golo do empate aos 50 minutos. Rafa Silva trabalhou bem na área e rematou cruzado de pé esquerdo para o poste mais distante. Primeiro remate após o descanso, e logo golo (o nono disparo da equipa no jogo, quarto com boa direcção).
  • Só que o Santa Clara não se ficou e recolocou-se na frente aos 57 minutos. Canto da esquerda e Zaidu Sanusi, nas alturas, cabeceou com convicção para o 2-1. Novamente, primeiro remate dos açorianos no segundo tempo, e o tento a surgir, a tirar partido de um dos muitos cantos que haviam conseguido até então (foi o sexto). E por falar em cantos…
  • Aos 64 minutos, em mais um destes lances, desta vez para o Benfica, Carlos Vinícius fez o empate para a formação da casa, ao quarto remate, terceiro enquadrado da equipa no segundo tempo. A pressão da “águia” era forte nesta fase, registando relevantes 77% de posse de bola, pelo que foi sem surpresa que surgiu o 3-2, o segundo de Vinícius. Jogada de insistência, André Almeida cruzou e o brasileiro desviou de cabeça.
  • Por volta dos 70 minutos, o Santa Clara estava a sentir algumas dificuldades para chegar com perigo ao último terço, somando apenas uma acção com bola na área benfiquista desde o intervalo – precisamente a do golo de Sanusi. O Benfica estava seguro no passe (86% de eficácia) e não perdia tanto a bola como no primeiro tempo.
  • Só que num lance confuso na grande área benfiquista, Rúben Dias colocou mão na bola e árbitro assinalou grande penalidade. Aos 82 minutos, o recém-entrado Crysan cobrou o castigo máximo com êxito, repondo a igualdade no marcador. Seis golos numa partida nem sempre bem jogada, mas sem falta de emoção.
  • Até final o Benfica colocou “a carne toda no assador”, mas o Santa Clara estava seguro e, nos descontos, após um lance confuso com várias perdas de bola, a equipa da casa chegou ao 4-3, por Zé Manuel, ganhando pela primeira vez no Estádio da Luz. Já os campeões nacionais somaram o quarto jogo consecutivo sem vencer no seu estádio, com duas derrotas.

O melhor em campo GoalPoint

Quase tudo correu mal ao Benfica, em especial em termos defensivos. Na frente, três golos são um bom registo e os lances de perigo criados ainda deram alento à equipa “encarnada”. O mais inspirado foi Adel Taarabt, que acabou por ser o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 7.2. O marroquino não marcou, mas esteve muito bem a definir, com uma ocasião flagrante criada, cinco passes longos certos (100% de eficácia) e quatro dribles eficazes em quatro tentativas, dois deles no último terço. Merecia outro desfecho, pela forma inconformada como actuou.

Jogadores em foco

  • André Almeida 6.9 – Regressou ao “onze” após castigo e esteve impecável no apoio ofensivo, como mostram as duas assistências que registou. Fez ainda três passes para finalização e teve êxito em dois de três cruzamentos. Defensivamente o destaque vai para três desarmes e pouco mais.
  • Marco Pereira 6.7 – Fundamental para a conquista dos três pontos. O guardião dos açorianos foi o melhor da primeira parte e manteve um nível elevado, não tendo responsabilidade em nenhum dos três golos que sofreu. Terminou com seis defesas, uma a remate ao ângulo.
  • Carlos Vinícius 6.6 – O brasileiro começou no banco, mas foi lançado longo ao intervalo. O seu impacto foi imediato, ao marcar por duas vezes, de cabeça, nos dois remates que fez enquadrados (em quatro). Difícil pedir-lhe mais.
  • Cryzan 6.4 – A sua entrada a meio da segunda parte desestabilizou por completo a defensiva benfiquista, dada a sua velocidade. O brasileiro fez um golo, de penálti, registou também uma assistência e falhou apenas um dos dez passes que fez.
  • Julian Weigl 6.4 – Mais um jogo bem conseguido do alemão, que foi aguentando as pontas no meio-campo, perante a desinspiração de Gabriel. Somou o número máximo de passes certos no jogo (64, correspondentes a 88% de eficácia), teve sucesso em nove de 11 passes longos, somou o máximo de acções com bola (89) e contabilizou 11 acções defensivas, entre elas três intercepções.
  • Anderson Carvalho 6.3 – O brasileiro abriu as “hostilidades” perto do intervalo. Após interceptar um passe deficiente de Nuno Tavares, rematou de pronto para o 1-0. Saiu aos 53 minutos, visto que já tinha sido admoestado com um cartão amarelo, mas tempo suficiente para registar sete acções defensivas.

Resumo

GoalPoint

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1 Comment

  1. O Benfica está um desastre,é como o país,mal gerido e com jogadores que mais parecem funcionários públicos ou seja,não fazem nada e só estão à espera do salário e subsídios uns parasitas.O treinador Lage,já devia ter calçado os patins há muito tempo.

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